Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Amcham Brasil reforça solução negociada com EUA para evitar tarifa de 50%
Publicado 16/07/2025 • 20:14 | Atualizado há 5 horas
Exclusivo CNBC: Trump “provavelmente” demitirá presidente do Fed “em breve”, diz autoridade da Casa Branca
França quer cortar dois feriados e eliminar cargos públicos para economizar dinheiro
Ações da ASML caem após gigante dos chips dizer que não pode confirmar crescimento em 2026
CEO da Nvidia quer vender chips mais avançados para a China após fim da proibição do H20
Ações da Renault despencam 17% após montadora revisar projeções e nomear novo CEO interino
Publicado 16/07/2025 • 20:14 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
A Amcham Brasil reforçou em nota divulgada, nesta quarta-feira (16), que defende a busca por uma solução negociada entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos diante do anúncio de tarifas adicionais de até 50% sobre produtos brasileiros. A medida, proposta pelo governo norte-americano, pode afetar diversos setores da economia nacional e interromper parte do comércio bilateral.
A manifestação ocorreu após reunião da entidade com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em Brasília. O encontro foi realizado para discutir os impactos da medida norte-americana sobre empresas brasileiras.
Em coletiva de imprensa após a reunião, o CEO da Amcham, Abrão Neto, afirmou que a entidade vem dialogando com o governo brasileiro e apresentou preocupações de empresas que operam no comércio bilateral. Segundo ele, cerca de 10 mil empresas brasileiras exportam atualmente para os EUA, sustentando 3,2 milhões de empregos no Brasil.
O executivo alertou que a tarifa, se for implementada, poderá gerar efeitos negativos significativos não apenas para a economia brasileira, mas também para cadeias produtivas e consumidores dos EUA. A Amcham defende que as negociações entre os dois países sejam intensificadas com urgência, para evitar a adoção da tarifa.
Leia mais:
“Queremos negociação urgente”, diz Alckmin sobre tarifa dos EUA
Tarifa de Trump pode tirar R$ 19,2 bilhões do PIB brasileiro e causar impacto global, aponta CNI
A proposta tarifária, anunciada em 9 de julho, faz parte de uma nova abordagem do governo norte-americano, que investiga práticas comerciais brasileiras sob a Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.
A investigação envolve temas como comércio digital, exportações agrícolas, biocombustíveis e questões ambientais. Entre os produtos potencialmente afetados estão carne bovina, café, suco de laranja e aeronaves.
A nota divulgada hoje reforça a posição já manifestada pela Amcham Brasil em comunicado conjunto com a U.S. Chamber of Commerce, publicado na terça-feira (15), onde as duas entidades alertam que a tarifa proposta pode comprometer a estabilidade da relação bilateral, prejudicar pequenas empresas e impactar negativamente consumidores em ambos os países.
Durante coletiva nesta quarta-feira, Alckmin afirmou que o governo brasileiro aguarda uma resposta oficial dos EUA à carta enviada em maio sobre as tarifas propostas. O documento foi entregue a representantes americanos, mas ainda não teve retorno formal, apesar de haver diálogo técnico até o início de julho.
Alckmin destacou que o Brasil continua aberto à negociação e tem atuado ativamente para buscar uma solução. Ele ressaltou que o país já enfrentou investigações anteriores com base na Seção 301 da legislação americana, e que responderá com argumentos técnicos. Segundo ele, os pontos levantados, como desmatamento, não justificam a medida tarifária e que o Brasil tem avançado em metas ambientais e políticas de sustentabilidade, como o aumento da mistura de biocombustíveis e a consolidação de um mercado regulado de carbono.
Apesar da falta de retorno definitivo dos EUA, o governo brasileiro mantém expectativa de que uma solução possa ser alcançada ainda em julho. Alckmin enfatizou que, embora o prazo oficial para a entrada em vigor da tarifa seja 1º de agosto, a prorrogação das tratativas não está descartada, desde que contribua para uma resolução eficaz e equilibrada do impasse comercial.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
"Queremos negociação urgente", diz Alckmin sobre tarifa dos EUA
Aura Minerals levanta R$ 1 bilhão em oferta de ações nos EUA
Com investimento de R$ 6,5 mi, evento de cavalos árabes recebe o sheik do Catar, que vem pela primeira vez ao Brasil
STF: Moraes decide que governo pode elevar IOF, mas sem cobrança sobre risco sacado
Fechamento de usina da Raízen em SP resulta em 1,2 mil demissões, afirma prefeitura