Pfizer tem lucro com vendas de produtos contra a Covid.

CNBC Pfizer supera expectativas de lucro com vendas de produtos contra Covid e cortes de custos

Brasil

Após acordo para fusão com Gol, ADRs da Azul sobem mais de 7% no pré-mercado em NY

Publicado 15/01/2025 • 21:07

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • As companhias Azul e Abra (controladora da Gol) assinaram um memorando de entendimento para discutir uma possível fusão, mantendo as marcas separadas, mas com integração de algumas áreas.
  • A negociação ainda precisa passar por uma due diligence, acordos definitivos e aprovações regulatórias, incluindo o Cade.
  • Embora os termos financeiros ainda não tenham sido definidos, o processo também depende da resolução da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.

As companhias Azul e Abra (que controla a Gol) assinaram um memorando de entendimento para uma eventual fusão as duas empresas. As empresas divulgaram notas nesta quarta-feira (15). Neste quinta-feira (16), no pré-mercado em Nova York, os ADRs da Azul subiam 7,46%, cotados a US$ 2,16.

O memorando (MoU, na sigla em inglês) reforça que as duas têm interesse em continuar a negociação, que vai envolver trocas de ações e outros mecanismos para uma união societária.

Além disso, também escreve os entendimentos das partes sobre a governança da empresa resultante dessa operação.

Mesmo se houver uma fusão, Azul e Gol manterão seus certificados operacionais separados (ou seja, a ideia é manter as duas marcas no mercado), mas algumas áreas devem ser combinadas.

As duas empresas ainda não fecharam os termos financeiros da união. Mesmo quando isso for acertado, haverá diversas etapas a serem concluídas para essa fusão:

  • Uma due diligence (ou seja, uma auditoria das empresas)
  • A celebração de acordos definitivos
  • A obtenção de aprovações corporativas e regulatórias (inclusive do Cade, a autoridade antitruste brasileira)
  • O cumprimento das condições de fechamento e, finalmente
  • O fim da recuperação judicial  da Gol dos Estados Unidos.

Os dados de 2023 apontam que, somadas, as duas empresas têm 61,7% do mercado interno (veja no gráfico acima, da Anac). O índice é o de passageiros por quilômetros transportados (RPK), que é bastante usado em aviação civil.

Mercado brasileiro teve alta em 2024

O anúncio foi feito no mesmo dia em que foram divulgados os dados sobre o mercado de aviação civil de 2024.

A aviação civil brasileira teve 118,3 milhões de passageiros em 2024 –o resultado é da soma dos mercados doméstico e internacional.  Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O número ainda está abaixo do período pré-pandemia. Em 2019, foram 118,6 milhões de passageiros.

Foi um aumento de 5% em relação a 2023, com 5,6 milhões de passageiros a mais.

  • Os voos internacionais tiveram recordes: foram 24,9 milhões de passageiros e 891,6 mil toneladas de carga.
  • O mercado doméstico cresceu: foram 93,4 milhões de passageiros, 2,1% a mais que em 2023. A carga doméstica teve 488 mil toneladas processadas, com um aumento de 9,7%.

Em dezembro, a movimentação subiu pelo quarto ano consecutivo, com 10,7 milhões de passageiros. O número foi quase igual ao de dezembro de 2019, o maior da série histórica.

Demanda e oferta

Um dos principais indicadores do mercado é o de passageiros por quilômetros transportados (RPK). Esse número cresceu 10,8% em relação a 2023.

A oferta, medida em assentos por quilômetros oferecidos (ASK), aumentou 10%.

MAIS EM Brasil