O aviso de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão nesta quarta-feira (27), às 20h30, sobre o pacote do ajuste fiscal gerou mal-estar entre a cúpula do Congresso.
Os chefes do Legislativo devem ter uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final da tarde desta quarta-feira (27), quando serão apresentados aos textos finais que serão encaminhados ao Legislativo.
A avaliação de interlocutores dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é que a apresentação do conteúdo do pacote às autoridades será mera formalidade, já que o pronunciamento já está gravado desde ontem, ou seja, sem chance para eventuais sugestões.
Na visão de pessoas ligadas a Lira e Pacheco, este é um sinal de que o governo mandará “o que quer”, não o que os presidentes das Casas avaliam que será aprovado ou não.
O presidente da Câmara já sinalizou a auxiliares que a aprovação do pacote pode ficar para o ano que vem em função do calendário apertado de votações. O mesmo já foi dito ontem pelo líder do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA).
Na visão dos auxiliares de Lira e Pacheco, Haddad poderia ter deixado para fazer o pronunciamento nesta quinta (28).
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