‘Brasil será essencial no BRICS em um mundo mais protecionista’, diz economista da MB Associados
Publicado 17/04/2025 • 13:02 | Atualizado há 2 dias
Leia a carta do CEO da Hertz aos funcionários sobre a participação ‘significativa’ de Bill Ackman na locadora de veículos pós-falência
Fusão entre Capital One e Discover é aprovada pelo Fed em transação de mais de US$ 35 bi
Pré-venda do Nintendo Switch 2 nos EUA começa em 24 de abril após atraso causado por tarifas
Onde o ‘Made in China 2025’ falhou
Não há problema em usar IA no seu currículo, diz recrutador que já contratou centenas de pessoas: ‘Ninguém vai perceber’
Publicado 17/04/2025 • 13:02 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
O Ministério da Agricultura e Pecuária realizou nesta quinta-feira (17), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, um encontro com autoridades e especialistas internacionais para discutir estratégias de enfrentamento aos desafios da segurança alimentar global. A reunião reuniu representantes dos países do BRICS e aliados estratégicos, em um momento de crescentes tensões geopolíticas e mudanças no comércio global.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, o economista Sergio Vale, da MB Associados, avaliou o posicionamento do Brasil nesse cenário internacional e a importância crescente do país nas discussões sobre segurança alimentar e integração econômica no grupo dos BRICS.
Segundo ele, o Brasil tem se consolidado, nos últimos anos, como um dos principais fornecedores globais de alimentos, especialmente para países com maior vulnerabilidade alimentar.
“O cenário que temos agora, e que vem se desenhando nos últimos dez anos, é o de uma aproximação cada vez maior com a China e outros mercados fora dos Estados Unidos. A exportação de soja, carnes e milho já acontece com intensidade há mais de 20 anos, e isso se acelerou especialmente a partir do governo Trump”, destacou Vale.
O economista aponta que, nesse contexto de mundo mais protecionista, o papel do Brasil se torna ainda mais estratégico.
“O Brasil é o único grande produtor e exportador de alimentos dentro dos BRICS. Vamos ter uma voz ativa nesse tipo de discussão, especialmente no apoio a países mais pobres que enfrentam insegurança alimentar. E com os EUA cada vez mais distantes do papel de garantidor da ordem internacional, o Brasil deve assumir uma postura mais relevante”, afirmou.
Além da questão alimentar, Vale chamou a atenção para a expansão do escopo de atuação dos BRICS em outras áreas, como a criação de uma moeda digital própria.
“A gente vai ver aumentar o escopo dos BRICS. A moeda digital, por exemplo, será um tema central. Tudo que está acontecendo na economia americana abre uma porta para alternativas ao dólar, e o Brasil tem chance de protagonizar também nesse debate”, avaliou.
Ele também comentou a mudança no perfil comercial do Brasil, com uma tendência de crescimento das trocas com a China, inclusive com produtos industrializados.
“O Brasil não tem para onde fugir. Saímos de uma esfera industrial americana pesada, mas não significa abandonar os EUA como parceiro. O fluxo comercial com a China vai crescer com profundidade, vamos exportar e importar mais. Há espaço para isso acontecer sem grandes preocupações”, concluiu.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
EUA e Itália concordam em não discriminar ou taxar serviços digitais e empresas de tecnologia
Volkswagen considera fabricar Audis nos EUA para evitar tarifas de Trump
Pré-venda do Nintendo Switch 2 nos EUA começa em 24 de abril após atraso causado por tarifas
Trump amplia o cerco contra Harvard com devassa fiscal e investigação sobre doadores
Onde o 'Made in China 2025' falhou