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Câmara vota regulamentação da reforma tributária nesta terça-feira

Publicado 16/12/2024 • 16:46

Redação Times Brasil, com agências

KEY POINTS

  • Além da reforma tributária, o pacote fiscal, que prevê economia de R$ 70 bilhões em dois anos, também está na pauta.
  • No entanto, há um clima de desconfiança no Congresso devido ao atraso no pagamento de emendas de comissão — cerca de R$ 8 bilhões ainda não foram liberados.
  • A insatisfação de parlamentares aumentou após Lira suspender as reuniões das comissões, que seriam o espaço para deliberar sobre o destino das emendas.
Brasília (DF) 26-03-2024 Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, falando sobre a decisão da CCJ durante coletiva.

Entre os principais entraves, destacam-se divergências sobre temas sensíveis, como a desvinculação dos pisos de saúde e educação

Foto Lula Marques/ Agência Brasil

A Câmara dos Deputados irá votar nesta terça-feira (17) o projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária, enquanto negociações sobre o pacote fiscal continuam enfrentando resistência de parlamentares. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reuniu o grupo de trabalho (GT) e líderes partidários nesta segunda-feira (16) para ajustar o parecer final e negociar destaques.

Além da reforma tributária, o pacote fiscal, que prevê economia de R$ 70 bilhões em dois anos, também está na pauta. No entanto, há um clima de desconfiança no Congresso devido ao atraso no pagamento de emendas de comissão — cerca de R$ 8 bilhões ainda não foram liberados. O governo prometeu pagar apenas as emendas identificadas com padrinhos divulgados, em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A insatisfação de parlamentares aumentou após Lira suspender as reuniões das comissões, que seriam o espaço para deliberar sobre o destino das emendas. O governo está negociando diretamente com deputados para liberar recursos, uma estratégia que tem gerado atrito. Parlamentares do baixo clero criticam a condução das negociações e a falta de discussão no plenário.

Reforma tributária

Entre os pontos principais da regulamentação estão:

  • Saneamento Básico: o GT da Câmara propõe rejeitar a alíquota reduzida para o setor, sugerindo “cashback” para famílias de baixa renda e repactuação de contratos em até 90 dias.
  • Imposto Seletivo: a Câmara decidirá sobre a taxação de bebidas açucaradas, que foi rejeitada pelo Senado.
  • Zona Franca de Manaus: discussões incluem novos benefícios fiscais para a região, propostos pelo Senado, mas que preocupam outros setores, como o de combustíveis.

O texto também inclui mudanças no regime imobiliário e a inclusão de motoristas de aplicativos na categoria de nanoempreendedores.

Pacote fiscal

O pacote enfrenta resistência devido às mudanças no salário mínimo, abono salarial e gestão de emendas parlamentares. Deputados condicionam o apoio à liberação das emendas restantes, o que pode atrasar ainda mais a votação.

Enquanto isso, o governo busca finalizar as negociações antes do recesso legislativo, previsto para começar em 20 de dezembro. A votação desta terça-feira será decisiva para o avanço da pauta econômica do governo Lula e deve definir os rumos das políticas fiscais e tributárias para os próximos anos.

Pagamento de emendas movimenta o Congresso

  • R$ 7,1 bilhões: foi o total pago pelo governo em emendas nos últimos dois dias, contemplando emendas individuais e de bancada.
  • Emendas Pix: R$ 3,2 bilhões foram liberados nesse formato, transferidos diretamente para Estados e municípios sem transparência total sobre o uso imediato dos recursos.
  • Verbas adicionais: R$ 1,3 bilhão em recursos para hospitais e clínicas especializadas foram liberados pelo Ministério da Saúde, reforçando as negociações com o Congresso.
  • Prazos: prefeitos terão até 31 de dezembro para apresentar planos de trabalho, enquanto o governo federal terá até fevereiro para avaliá-los.

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