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CEO da Disney explica aposta bilionária da empresa na OpenAI: “Nenhuma geração impediu o avanço tecnológico”
Publicado 11/12/2025 • 15:36 | Atualizado há 32 minutos
Publicado 11/12/2025 • 15:36 | Atualizado há 32 minutos
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A Walt Disney Company anunciou nesta quinta-feira (11/12), em entrevista à CNBC, que investirá US$ 1 bilhão de dólares em ações da OpenAI - Foto: Reprodução Wikimedia Commons
A Walt Disney Company anunciou nesta quinta-feira (11), em entrevista à CNBC, que investirá US$ 1 bilhão de dólares em ações da OpenAI como parte de uma estratégia para se posicionar no centro das novas rupturas tecnológicas impulsionadas pela inteligência artificial.
O CEO da empresa, Bob Iger, afirmou que nenhuma geração conseguiu impedir o avanço tecnológico e que a Disney não pretende tentar fazê-lo, justificando a decisão como um movimento para acompanhar e moldar as transformações que já impactam o setor de mídia e entretenimento, afirma para CNBC.
“Nenhuma geração humana jamais conseguiu impedir o avanço tecnológico, e não pretendemos ser os primeiros”, disse Iger. “Sempre acreditamos que, se isso vai acontecer, inclusive com possíveis rupturas nos nossos modelos de negócio atuais, então é melhor estarmos a bordo.”
Leia também: Disney investe US$ 1 bilhão em ações da OpenAI
Durante sua participação no programa Squawk on the Street, Iger destacou que empresas de conteúdo precisam se antecipar às mudanças, especialmente em um momento em que ferramentas de criação baseadas em IA ganham escala e começam a desafiar modelos tradicionais.
A avaliação é compartilhada por Barton Crockett, analista sênior de mídia, que classificou o aporte como uma forte garantia à OpenAI e alertou que grandes companhias devem compreender a relevância do conteúdo gerado pelo usuário e por IA.
O avanço de plataformas como o Sora, aplicativo de criação de vídeos lançado pela OpenAI em setembro, reforça essa necessidade. A ferramenta atingiu rapidamente o topo da App Store, impulsionada por usuários que criam vídeos com marcas e personagens.
Esse movimento acendeu alertas sobre segurança e direitos autorais, levando diversos conglomerados a se movimentarem para proteger suas propriedades intelectuais.
Leia também: De Branca de Neve a Darth Vader, parceria da Disney com OpenAI será “porta de entrada” de personagens para a IA
Para a Disney, o caminho escolhido passa pela aproximação, Iger afirmou que o acordo não ameaça os criadores, já que não envolve vozes de personagens, nomes ou imagens de artistas.
Ele defendeu que a iniciativa respeita os profissionais ao incluir taxas de licenciamento. Sam Altman, CEO da OpenAI, confirmou que haverá diretrizes claras para o uso dos personagens e que a Disney terá capacidade de definir essas regras ao longo do tempo.
Pelo contrato anunciado, mais de 200 personagens protegidos por direitos autorais, incluindo Mickey Mouse, Darth Vader e Cinderela, estarão disponíveis no Sora por três anos.
O licenciamento será exclusivo da OpenAI no início do período, a operação ocorre em um contexto de disputas judiciais envolvendo empresas de mídia e desenvolvedores de IA, já que estúdios buscam preservar seus catálogos diante de modelos generativos treinados em grande escala.
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Iger ressaltou que a companhia tem sido agressiva na proteção de sua propriedade intelectual, mas também se disse impressionado com o crescimento da OpenAI e com sua disposição em negociar licenças formais.
A estratégia marca mais um capítulo da tradição da Disney em incorporar inovação. Ao longo das últimas décadas, o grupo adotou a animação digital, reestruturou seu parque temático com tecnologias imersivas e lançou seu serviço de streaming, o Disney+, como resposta direta às mudanças no consumo de mídia.
Segundo Iger, esses movimentos ilustram a filosofia que orienta o conglomerado, quando uma tecnologia tem potencial para transformar o setor, é preferível fazer parte da mudança do que resistir a ela. Para ele, o mesmo raciocínio vale agora para a inteligência artificial, vista como um vetor inevitável de transformação.
O CEO afirmou que o investimento funciona como uma porta de entrada para a IA e terá impacto de longo prazo nos negócios da companhia. Ele disse que deseja participar do que Altman e sua equipe estão desenvolvendo, avaliando o aporte como sólido para o futuro da empresa.
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Ao comentar o risco de ruptura dos modelos atuais, Iger reforçou que a empresa não pretende se opor ao avanço tecnológico. Em suas palavras, se a mudança vai acontecer, é preciso embarcar na jornada.
O mercado reagiu positivamente, as ações da Disney subiram mais de 1% após o anúncio.
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