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5 desafios que travam a eficiência logística no Nordeste e o que esperar para o próximo ano
Publicado 20/11/2025 • 18:16 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 20/11/2025 • 18:16 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Sequoia Logística.
Desafios estruturais ainda elevam custos e reduzem eficiência da logística no Nordeste. Foto: Reprodução/Pixabay.
O avanço do varejo e do agronegócio ampliou o papel estratégico da logística no Nordeste. A região se consolidou como eixo para escoamento de produtos, abastecimento interno e operações de comércio exterior. Um indicador desse movimento é o crescimento de 90,46% nas consultas por transporte de cargas fracionadas, segundo dados do Transvias — de 201 mil para 382,9 mil solicitações em um ano.
O ritmo é robusto, mas os entraves estruturais ainda limitam eficiência, competitividade e previsibilidade operacional.
“O Nordeste tem um potencial enorme para logística. A combinação entre crescimento do comércio, portos estratégicos e cidades que funcionam como hubs regionais abre espaço para operações mais eficientes”, afirma Kassio Seefeld, CEO da TruckPag. Para ele, 2026 será decisivo para transformar desafios históricos em ganhos de produtividade.
O Nordeste não é homogêneo. Cada estado enfrenta gargalos próprios, com impactos distintos na logística regional:
Bahia — concentra o maior PIB industrial da região e depende fortemente da BR-116 e BR-101. O Porto de Salvador é estratégico, mas enfrenta limitações de acesso viário e altos custos operacionais.
Pernambuco — abriga o Porto de Suape, um dos mais eficientes do país, mas sofre com gargalos rodoviários no interior, dificultando a conexão com polos como Caruaru e Petrolina.
Ceará — com o Porto do Pecém, tornou-se exportador de frutas, calçados e têxteis. O desafio é a malha rodoviária secundária, que aumenta o custo de transporte para pequenas transportadoras.
Rio Grande do Norte — forte na fruticultura, depende de rotas longas e pouco integradas, especialmente no transporte refrigerado.
Paraíba — cresce como hub de e-commerce, mas enfrenta limitações na infraestrutura urbana de João Pessoa e Campina Grande.
Alagoas e Sergipe — sofrem com menor densidade industrial e dependem de conexões interestaduais para acessar portos maiores.
Maranhão — tem o Porto do Itaqui como importante ativo, porém o transporte interno ainda é caro e pouco integrado.
Essas diferenças aprofundam os desafios regionais e explicam por que transportadoras ainda operam com custos acima da média nacional.
Buracos, erosões e falta de sinalização aumentam custos de manutenção, ampliam o tempo de viagens e elevam o risco de acidentes. Segundo levantamento da CNT, 42% das rodovias avaliadas no Nordeste foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Estados que mais concentram trechos críticos incluem Maranhão, Piauí e Bahia.
Seefeld destaca que, enquanto obras estruturantes não avançam, rotas alternativas, manutenção preventiva e parcerias locais ajudam a mitigar danos.
A baixa integração multimodal limita o potencial de portos como Suape, Pecém e Salvador. A desconexão entre terminais, centros de distribuição e transportadoras provoca ociosidade, filas e atrasos.
Investir em sistemas integrados de gestão, sincronização de entregas e comunicação contínua com operadores portuários é essencial para reduzir gargalos.
Transportadoras do Nordeste relatam fretes até 20% mais caros que a média do Sudeste, resultado de rotas longas, baixa densidade de entregas e dificuldade de consolidar cargas.
Revisão periódica de rotas, negociação com fornecedores e consolidação de cargas são soluções que vêm ganhando força para 2026.
Operar entre Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte ainda exige adaptações tributárias específicas. O ICMS muda conforme o produto e o destino, e a documentação varia de estado para estado.
Segundo Seefeld, o uso de softwares para emissão automática de documentos e o apoio de equipes especializadas ajudam a acelerar o cumprimento das obrigações.
Chuvas intensas no Maranhão, Alagoas e Pernambuco geram interrupções frequentes. No interior do Ceará e do Rio Grande do Norte, o relevo semiárido e as estradas estreitas dificultam o transporte de produtos perecíveis.
Monitoramento climático, veículos adequados por tipo de terreno e protocolos rígidos de segurança são medidas cada vez mais adotadas.
| Estado | Índice logístico (0–100) | Rodovias boas/ótimas (%) | Ferrovia | Porto relevante |
|---|---|---|---|---|
| Bahia | 68 | 40 | Média | Sim |
| Pernambuco | 72 | 45 | Baixa | Sim |
| Ceará | 70 | 43 | Média | Sim |
| Maranhão | 55 | 28 | Média | Sim |
| Rio Grande do Norte | 60 | 32 | Baixa | Não |
| Paraíba | 62 | 35 | Baixa | Não |
| Alagoas | 58 | 30 | Baixa | Não |
| Sergipe | 59 | 31 | Baixa | Não |
| Piauí | 54 | 27 | Baixa | Não |
“A evolução da logística no Nordeste exige ações concretas: sistemas de rastreamento integrados, planejamento inteligente de rotas, capacitação contínua das equipes e manutenção preventiva”, reforça Seefeld.
Ele afirma que movimentos simples — como consolidar cargas, coordenar horários de entrega e revisar itinerários com mais frequência — já mostram resultados imediatos.
Para 2026, transportadoras que modernizarem processos e integrarem dados devem operar com mais segurança, reduzir custos e transformar desafios históricos em vantagem competitiva.
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