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Preço do café atinge máximas históricas no Brasil: quais os impactos no mercado?
Publicado 13/12/2024 • 12:23 | Atualizado há 10 meses
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Publicado 13/12/2024 • 12:23 | Atualizado há 10 meses
KEY POINTS
Grãos de café
Pixabay
O preço do café atingiu recentemente os maiores níveis em quase 50 anos, segundo analistas, e a previsão é de que essa alta persista por anos.
Na terça-feira (10), os futuros do café arábica para entrega em março alcançaram 348,35 centavos de dólar por libra-peso, uma marca não vista desde 1977, ano em que nevascas devastaram plantações no Brasil. Apesar de uma leve queda nos dias seguintes, o preço ainda acumula uma alta de 70% no ano.
O café arábica, reconhecido por seu sabor suave e doce, responde por 60% a 70% do mercado global, sendo o principal ingrediente de bebidas preparadas por baristas. A recente alta de preços decorre de condições climáticas adversas, como secas e altas temperaturas, aliadas à dependência de poucas regiões produtoras, como Brasil e Vietnã.
O Brasil, maior produtor mundial de café, enfrenta a pior seca em 70 anos, seguida por chuvas intensas que comprometeram a floração das lavouras de 2025. Esse cenário aumenta a preocupação de que a recuperação da oferta demore anos, segundo especialistas do setor.
O chefe de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen, alerta que os preços só devem cair quando os estoques forem reabastecidos, um processo que historicamente demanda tempo.
Além do arábica, o preço do café robusta, variedade usada em cafés instantâneos, também alcançaram máximas históricas. Com sabor mais amargo, o robusta é menos popular, mas desempenha papel essencial na indústria.
A crescente demanda global, impulsionada principalmente pela China, contrasta com a incapacidade da produção acompanhar o ritmo. Cultivado majoritariamente em uma faixa tropical estreita, o café é particularmente vulnerável às mudanças climáticas.
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetam uma produção brasileira de 66,4 milhões de sacas de 60 kg na safra 2024/2025, uma redução de 5,8% em relação à estimativa anterior. Essa queda reflete as condições climáticas irregulares que têm afetado as safras consecutivas.
A alta dos preços já afeta os consumidores. Gigantes como Nestlé e Starbucks têm repassado os custos, reduzindo o tamanho das embalagens e aumentando os valores. Segundo a Nestlé, a escalada do custo do café tornou inevitável o ajuste para proteger margens financeiras.
Com a instabilidade climática e as demandas de um mercado global cada vez mais dependente, o setor cafeeiro enfrenta um período de desafios inéditos. Para os consumidores, o impacto deve ser sentido tanto no bolso quanto na xícara.
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