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Economia Brasileira

‘Salário-mínimo ajustado é positivo, mas produtividade preocupa’, avalia economista

Publicado 29/11/2024 • 10:57

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Os desafios estruturais limitam a produtividade no Brasil e seus impactos no mercado de trabalho, avalia o economista Roberto Dumas.
  • Em entrevista ao jornal 'Agora', Dumas avaliou como positiva a decisão do governo de corrigir o salário-mínimo dentro das diretrizes do novo arcabouço fiscal.
  • “A medida é correta sob o ponto de vista fiscal, mas a pergunta crucial é: o trabalhador está mais produtivo?”, diz.

Os desafios estruturais limitam a produtividade no Brasil e seus impactos no mercado de trabalho e na economia, avaliou o economista Roberto Dumas, professor do Insper, em entrevista ao jornal ‘Agora’ desta sexta-feira (29).

Dumas classificou como positiva a decisão do governo de corrigir o salário-mínimo dentro das diretrizes do novo arcabouço fiscal. “A medida é correta sob o ponto de vista fiscal, mas a pergunta crucial é: o trabalhador está mais produtivo?”, diz. “O que faz um país crescer é produtividade.”

Ele explicou que o impacto de salários elevados vai além do valor nominal e deve considerar o custo unitário do trabalho, que relaciona remuneração e produtividade. “O salário dos alemães é o mais alto da Zona do Euro, mas ajustado pela produtividade, o custo unitário do trabalho na Alemanha é o mais baixo. Isso explica o superávit comercial deles, enquanto países com baixa produtividade enfrentam déficits”, comparou. 

Dumas apontou a baixa qualificação profissional como um dos maiores entraves para o crescimento do Brasil. Apesar de o desemprego estar em 6,1%, o mercado sofre com a falta de mão de obra qualificada. “O problema é a falta de formação. Estamos colhendo 20 ou 30 anos de descaso com a educação básica”, destacou.

Para Dumas, a questão da produtividade vai além do arcabouço fiscal e requer políticas de longo prazo. “Precisamos repensar investimentos em educação e saneamento básico para formar profissionais mais qualificados e competitivos. Isso levará pelo menos 10 ou 15 anos, mas já estamos atrasados.”

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