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Superquarta: “Selic pode ir a 16% se política fiscal não mudar”, alerta Carlos Kawall, da Oriz Partners
Publicado 18/06/2025 • 11:05 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/06/2025 • 11:05 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Na chamada “Superquarta” de decisões monetárias nos Estados Unidos e no Brasil, o economista Carlos Kawall, sócio da Oriz Partners, avaliou os cenários para as taxas de juros em ambos os países.
Segundo ele, a expectativa para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), nos Estados Unidos, é de manutenção dos juros, enquanto, no Brasil, o mercado segue dividido sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Se continuar esse desalinhamento entre política fiscal e monetária, o Banco Central teria que continuar aumentando a Selic muito além de 14,75% ou 15%, talvez para 15,5%, 16% ou até mais”, afirmou Kawall em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
O economista explicou que, no caso americano, a inflação ao consumidor ainda não incorporou os efeitos das tarifas de importação. Por isso, o Federal Reserve (FED) deve aguardar mais evidências antes de alterar os juros. “Os dados da economia são inconclusivos, com alguns sinais de fraqueza, mas com o mercado de trabalho bastante robusto”, disse.
No Brasil, Kawall destacou que o mercado financeiro está dividido entre a manutenção da Selic em 14,75% e uma alta de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para 15%.
Segundo ele, dois fatores mudaram desde a última reunião do Copom: a redução das incertezas globais e a continuidade de uma atividade econômica doméstica forte, principalmente no segundo trimestre. “Muitos começaram a entender que houve uma mudança relevante em relação ao cenário traçado na última reunião”, avaliou.
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O economista também apontou que o principal fator de incerteza no cenário brasileiro segue sendo a política fiscal. Kawall lembrou que o governo avançou com medidas de aumento de arrecadação, como o decreto do IOF e a Medida Provisória n° 1303, que tributa transações financeiras de fintechs e apostas. No entanto, ele disse que o atual arcabouço fiscal é insuficiente para estabilizar a dívida pública e exigirá ajustes após as eleições.
Sobre as metas de inflação, Kawall afirmou que seria possível atingir o teto da meta, de 4,5%, mas isso dependeria de uma coordenação entre política monetária e fiscal. “O Banco Central pisa no freio, enquanto a Fazenda pisa no acelerador, tanto em gastos quanto em expansão de crédito. Isso dificulta o trabalho de trazer a inflação para a meta”, observou.
Para ele, caso não haja alinhamento entre as políticas, o Banco Central seria obrigado a elevar ainda mais a Selic, com consequências sobre a atividade econômica e as condições financeiras do país.
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