Com inflação em alta, famílias seguem cautelosas em 2025, aponta FecomercioSP
Publicado 21/02/2025 • 13:11 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 21/02/2025 • 13:11 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gastos das famílias no começo do ano com IPTU, IPVA e material escolar impactam a renda e refletem na retração do consumo. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), registrou 123,5 pontos — quedas de 7,3%, em comparação ao mesmo mês do ano passado, e de 1,7%, em relação a dezembro, evidenciando essa cautela.
Já o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que reflete a percepção e a intenção de consumo no comparativo mensal, registrou alta de 3,1%, marcando 111,8 pontos. No comparativo interanual, registrou queda de 1,7%.
Segundo a Federação, as projeções econômicas de 2025 apontam dificuldades para os consumidores, principalmente pela alta da inflação (estimada em 5,5% para 2025). Por isso, o planejamento financeiro com o ajuste do orçamento e a redução do endividamento será essencial.
Já para os empresários, as estratégias devem ser focadas na eficiência operacional. Empresas com soluções personalizadas, condições de pagamentos diferenciadas e que priorizem a experiência do cliente estarão mais preparadas para lidar com esse cenário.
O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que compõe o ICC e mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente, registrou queda de 0,5% em comparação com janeiro de 2024, atingindo 122,3 pontos.
Por outro lado, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) teve a maior contribuição para a queda do ICC no comparativo anual, recuando 11,3% no comparativo interanual e registrando 124,3 pontos.
Esse desempenho reflete as preocupações dos lares com o futuro da economia, dado o ambiente de juros elevados, inflação acima da meta e incertezas acerca das conjunturas fiscal e cambial.
A queda de 2% em relação ao mês anterior reforça que essas preocupações persistem e afetam negativamente as decisões de consumo e investimento.
O ICF revela um comportamento distinto entre as faixas de renda no período de janeiro de 2024 a janeiro de 2025. Enquanto as famílias com renda de até dez salários mínimos apontaram uma queda de 2,7% no indicador anual (107,6 pontos), as de renda superior a dez salários mínimos demonstraram maior resiliência, com alta de 0,9% (124,2 pontos) no mesmo período.
A análise ressalta que famílias de menor renda estão mais vulneráveis ao cenário econômico adverso, com inflação elevada e restrições de crédito, que dificultam a aquisição de bens duráveis.
Apesar disso, essas famílias registraram um aumento mensal de 4,4% no índice, possivelmente impulsionado por fatores sazonais de início de ano, como o recebimento de décimo terceiro salário e bônus.
Já as famílias com renda superior a dez salários mínimos mantiveram estabilidade mensal, reflexo da menor dependência de crédito e maior capacidade de poupança.
No entanto, há sinais de cautela quanto ao futuro, considerando a possibilidade de manutenção das altas taxas de juros, o que pode impactar a confiança desse estrato social nos próximos meses.
O Banco Central adotou uma postura firme no combate à inflação, restringindo o crédito e desestimulando o consumo.
Como resultado, o subindicador Acesso ao Crédito registrou queda de 4,4% no ano, acompanhado pelas reduções de 4,4%, na Perspectiva de Consumo, e de 4,6%, no Nível de Consumo Atual.
Ainda assim, o mercado de trabalho se mostrou estável, sustentando o subindicador Renda Atual, que apresentou crescimento de 1,8% no ano.
A FecomercioSP avalia que a manutenção dos juros elevados continuará a impor desafios ao consumo ao longo de 2025, especialmente para famílias com menor renda e maior exposição ao crédito.
Entretanto, uma eventual flexibilização monetária e estabilidade fiscal poderão contribuir para uma recuperação gradual da confiança do consumidor.
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