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Haddad: Brasil não pode estar entre as 10 maiores economias do mundo e entre os mais desiguais

Publicado 29/08/2025 • 21:08 | Atualizado há 3 dias

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao participar nesta sexta-feira (29), da apresentação do estudo "Retrato da Desigualdade e dos Tributos pagos no Brasil", elaborado pelo com economista francês Gabriel Zucman e equipes da Receita Federal e da pasta, disse que o trabalho chega num momento importante da história do Brasil, em que o País entra na era da transparência de dados.
  • O estudo corrobora uma tese que o ministro Haddad vem defendendo há muito tempo, pelo menos desde que assumiu o Ministério da Fazenda, a de que no Brasil a desigualdade social e tributária é muito pronunciada.
  • O trabalho, ainda que com dados de 2019, confirma que, no Brasil, o 1% dos mais ricos concentra 27,4% da renda total, e os milionários em dólar no Brasil (isto é, quem recebe mais de cerca de R$ 5,5 milhões de renda anual) têm alíquotas efetivas muito menores do que o restante da população: 20,6% (incluindo todos os tributos), contra 42,5% para o brasileiro médio.
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do Brasil

Evaristo Sa/AFP

O Ministro da Faenda, FErnando Haddad, em discurso durante a assinatura da lei de incentivo às exportações no Palácio do Planalto, em 28 de julho de 2025.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil entra em uma “era da transparência de dados” ao comentar o estudo “Retrato da Desigualdade e dos Tributos pagos no Brasil”, elaborado pelo economista francês Gabriel Zucman, em parceria com equipes da Receita Federal e do próprio ministério.

Segundo Haddad, o levantamento confirma uma tese que ele vem defendendo desde que assumiu a pasta: a de que a desigualdade social e tributária no país é muito pronunciada.

Apesar de trazer números de 2019, o estudo mostra que o 1% mais rico da população concentra 27,4% da renda total do Brasil. Além disso, os milionários em dólar — aqueles com rendimentos anuais acima de R$ 5,5 milhões — pagam alíquotas efetivas bem menores que o restante da população: 20,6% considerando todos os tributos, contra 42,5% para o brasileiro médio.

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“O Brasil, historicamente, resistia a colocar seus dados à disposição da academia para estudos dessa natureza. Por isso, cumprimento também os funcionários da Receita Federal pelo fato de terem resguardado a identidade dos contribuintes, mas, ao mesmo tempo, disponibilizado os dados anônimos aos pesquisadores para apresentar ao público a situação da distribuição de renda no país”, disse o ministro.

Para Haddad, o estudo não poderia ser mais oportuno, já que, talvez pela primeira vez na história do Brasil, o Congresso Nacional deve se manifestar, nas próximas semanas, sobre um primeiro e modesto passo em direção a maior igualdade.

“Temos insistido em dizer que o Brasil não pode figurar entre as dez maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, estar entre as piores em distribuição de renda — que é exatamente a situação em que nos encontramos. O Congresso tem se debruçado sobre esse tema, tem recebido da opinião pública manifestações muito importantes por meio de pesquisas, de mobilizações nas redes sociais e nos meios de comunicação. Tenho convicção de que, com exceção de um grupo mais extremado de deputados e senadores, o bom senso há de prevalecer para que o Brasil inicie uma nova trajetória”, afirmou o ministro.

De acordo com ele, trata-se de um passo modesto, mas que pode abrir caminho para o desenvolvimento sustentável. “Sabemos que é impossível para um país crescer de forma consistente com a distribuição de renda que temos hoje. É preciso dar mais transparência à situação social do Brasil e garantir um futuro mais promissor”, acrescentou.

Ao se dirigir ao economista francês, Haddad disse que, na condição de ministro da Fazenda, acredita que o trabalho de Zucman e seus colegas terá grande repercussão no Brasil, contribuindo para uma sociedade “mais livre, justa e com mais oportunidades para todos os cidadãos”.

Zucman, por sua vez, destacou dois pontos centrais do estudo: a desigualdade no Brasil é ainda maior do que se imaginava e os mais ricos pagam menos impostos que a média nacional — além de menos que os super-ricos de outros países. “Isso, sem dúvida, coloca o Brasil entre os países mais desiguais do mundo em termos de renda”, disse o autor.

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