Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Haddad: Brasil não pode estar entre as 10 maiores economias do mundo e entre os mais desiguais
Publicado 29/08/2025 • 21:08 | Atualizado há 3 dias
CEO da Nvidia, Jensen Huang, diz que levar chip de IA Blackwell para a China ‘é uma possibilidade real’
Por dentro da luxuosa cobertura de US$ 17 milhões de Luta de Classes, filme de Spike Lee
Movimento global para proteger crianças de crimes na internet impulsiona onda de tecnologias de segurança em IA
Saiba quais são as tarifas de Trump que podem ser anuladas — e as que permanecem — após a decisão da justiça dos EUA
China e Índia buscam estabilidade: líderes discutem fronteira e parcerias após confrontos
Publicado 29/08/2025 • 21:08 | Atualizado há 3 dias
KEY POINTS
Evaristo Sa/AFP
O Ministro da Faenda, FErnando Haddad, em discurso durante a assinatura da lei de incentivo às exportações no Palácio do Planalto, em 28 de julho de 2025.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil entra em uma “era da transparência de dados” ao comentar o estudo “Retrato da Desigualdade e dos Tributos pagos no Brasil”, elaborado pelo economista francês Gabriel Zucman, em parceria com equipes da Receita Federal e do próprio ministério.
Segundo Haddad, o levantamento confirma uma tese que ele vem defendendo desde que assumiu a pasta: a de que a desigualdade social e tributária no país é muito pronunciada.
Apesar de trazer números de 2019, o estudo mostra que o 1% mais rico da população concentra 27,4% da renda total do Brasil. Além disso, os milionários em dólar — aqueles com rendimentos anuais acima de R$ 5,5 milhões — pagam alíquotas efetivas bem menores que o restante da população: 20,6% considerando todos os tributos, contra 42,5% para o brasileiro médio.
Leia mais:
Estudo sobre impostos coloca o Brasil entre os mais desiguais do planeta
Evento exclusivo: Haddad diz que impasse com EUA não é culpa do Brasil e reunião com Bessent segue sem prazo; veja entrevista completa
“O Brasil, historicamente, resistia a colocar seus dados à disposição da academia para estudos dessa natureza. Por isso, cumprimento também os funcionários da Receita Federal pelo fato de terem resguardado a identidade dos contribuintes, mas, ao mesmo tempo, disponibilizado os dados anônimos aos pesquisadores para apresentar ao público a situação da distribuição de renda no país”, disse o ministro.
Para Haddad, o estudo não poderia ser mais oportuno, já que, talvez pela primeira vez na história do Brasil, o Congresso Nacional deve se manifestar, nas próximas semanas, sobre um primeiro e modesto passo em direção a maior igualdade.
“Temos insistido em dizer que o Brasil não pode figurar entre as dez maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, estar entre as piores em distribuição de renda — que é exatamente a situação em que nos encontramos. O Congresso tem se debruçado sobre esse tema, tem recebido da opinião pública manifestações muito importantes por meio de pesquisas, de mobilizações nas redes sociais e nos meios de comunicação. Tenho convicção de que, com exceção de um grupo mais extremado de deputados e senadores, o bom senso há de prevalecer para que o Brasil inicie uma nova trajetória”, afirmou o ministro.
De acordo com ele, trata-se de um passo modesto, mas que pode abrir caminho para o desenvolvimento sustentável. “Sabemos que é impossível para um país crescer de forma consistente com a distribuição de renda que temos hoje. É preciso dar mais transparência à situação social do Brasil e garantir um futuro mais promissor”, acrescentou.
Ao se dirigir ao economista francês, Haddad disse que, na condição de ministro da Fazenda, acredita que o trabalho de Zucman e seus colegas terá grande repercussão no Brasil, contribuindo para uma sociedade “mais livre, justa e com mais oportunidades para todos os cidadãos”.
Zucman, por sua vez, destacou dois pontos centrais do estudo: a desigualdade no Brasil é ainda maior do que se imaginava e os mais ricos pagam menos impostos que a média nacional — além de menos que os super-ricos de outros países. “Isso, sem dúvida, coloca o Brasil entre os países mais desiguais do mundo em termos de renda”, disse o autor.
__
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Rublo russo: o curioso caso da moeda com melhor desempenho no mundo em 2025
Entenda como vai funcionar a nova linha de crédito de R$ 12 bi para modernização da indústria
Consultas on-line dão alta a 87% dos pacientes e podem desafogar sistema de saúde
Brasil inaugura rota marítima com a China pelo porto de Santana, no Amapá
MP de data centers sai em setembro e vai destravar investimentos, dizem empresas