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Bolsonaro falta ao 1º dia do julgamento do golpe no STF, marcado por recados de Moraes, bronca de Cármen Lúcia e embates sobre delações

Publicado 02/09/2025 • 19:32 | Atualizado há 4 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não esteve presente na abertura do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (2). Segundo a defesa, ele segue debilitado por crises de soluços e vômitos causados por esofagite e gastrite.
  • A ausência ocorreu em uma sessão marcada por recados duros do relator Alexandre de Moraes, manifestações da acusação e embates das primeiras defesas.
  • A defesa do ex-ministro Anderson Torres completou o dia, afirmando que não há provas de ligação com a minuta do golpe e que sua viagem aos EUA durante os ataques de 8 de janeiro havia sido planejada como férias.

O mercado reagiu ao início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF): o Ibovespa B3 caiu e o dólar registrou leve alta nesta terça-feira (2). Bolsonaro não compareceu à sessão de abertura. De acordo com sua defesa, o ex-presidente segue debilitado por crises de soluços e vômitos provocados por um quadro de esofagite e gastrite.

A ausência marcou uma sessão em que o relator Alexandre de Moraes fez duros recados, enquanto a acusação apresentou seus argumentos e as primeiras defesas começaram a se manifestar.

Na abertura, Moraes ressaltou que a pacificação do país depende do respeito à Constituição e à aplicação das leis, e não da impunidade. “A impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”, disse. O procurador-geral Paulo Gonet defendeu a autonomia da Justiça e reforçou a acusação contra Bolsonaro e outros sete réus.

Em seguida, se pronunciaram as defesas: o advogado de Mauro Cid, que também não compareceu ao STF, negou coação na delação premiada; o de Alexandre Ramagem disse que o deputado não estava mais no governo no período citado; e o de Almir Garnier acusou a PGR de extrapolar a denúncia ao incluir fatos novos não previstos originalmente.

A sessão também teve momento de tensão com a ministra Cármen Lúcia, que interrompeu o advogado de Ramagem ao notar que ele tratava voto impresso e processo eleitoral auditável como sinônimos. “Uma coisa é a eleição com processo auditável, outra coisa é o voto impresso”, corrigiu a ministra, frisando que o sistema brasileiro já passa por auditorias.

A defesa do ex-ministro Anderson Torres completou o dia, afirmando que não há provas de ligação com a minuta do golpe e que sua viagem aos EUA durante os ataques de 8 de janeiro havia sido planejada como férias. O julgamento prossegue nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Quem julga Bolsonaro e como será a votação

O caso está a cargo da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Encerradas as manifestações, o ministro Alexandre de Moraes apresentará seu voto. Caso se manifeste pela condenação, também sugerirá uma pena para os réus.

Na sequência, votam os ministros Flávio DinoLuiz FuxCármen Lúcia e Cristiano Zanin, nesta ordem. Eles podem detalhar seus argumentos ou simplesmente acompanhar — ou divergir — do relator.

Os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques, nomeados pelo próprio Bolsonaro, integram a Segunda Turma e não participam desse julgamento.

Do que Bolsonaro é acusado

Bolsonaro e os demais réus respondem pelos crimes de:

  • organização criminosa armada
  • golpe de Estado
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • deterioração de patrimônio tombado
  • dano qualificado contra patrimônio da União

PGR pediu a condenação do ex-presidente em todos os pontos. Em caso de condenação, não há efeito imediato: a defesa poderá apresentar recursos, e Bolsonaro continuaria em prisão domiciliar.

Quem está no banco dos réus

Além de Bolsonaro, serão julgados:

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, delator da Polícia Federal

Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa

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