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SP, 471 Anos: varejo paulistano tem 607 mil trabalhadores e seria a 30ª maior cidade brasileira

Publicado 25/01/2025 • 11:37

Agência DC News

KEY POINTS

  • A cidade de São Paulo, que completa 471 anos neste sábado (25), tem atualmente 607 mil trabalhadores com carteira assinada apenas no comércio varejista.
  • Esse número equivale à população de todo o município na primeira metade dos anos 1920, quando São Paulo nem era a maior cidade brasileira e tinha praticamente metade dos habitantes do Rio de Janeiro.
  • Hoje, se o varejo paulistano fosse um município, ficaria entre os 30 maiores do país.
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A cidade de São Paulo, que completa 471 anos neste sábado (25), tem atualmente 607 mil trabalhadores com carteira assinada apenas no comércio varejista.

Esse número equivale à população de todo o município na primeira metade dos anos 1920, quando São Paulo nem era a maior cidade brasileira e tinha praticamente metade dos habitantes do Rio de Janeiro.

Hoje, se o varejo paulistano fosse um município, ficaria entre os 30 maiores do país. Sem as capitais, seria o 17º, logo depois de Contagem (MG, 650 mil habitantes) e acima de Londrina (PR, 577 mil). Os dados são do IBGE, referentes a 2024.

De 2020 a 2024, atual série histórica do Caged, o varejo ganhou 70 mil trabalhadores formais, crescimento de 13% no período. Os atuais 607 mil referem-se apenas ao varejo – o total chega a 918 mil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O varejo corresponde a dois terços do total. A pedido da Agência DC News, o MTE tabulou dados de 2000 e 2010 referentes à totalidade do comércio em São Paulo, com 500,4 mil e 861,7 mil empregados, respectivamente.

Assim, embora a comparação não seja perfeita, o atual estoque é 83% maior que o do início deste século. O comércio representa 18,3% dos empregos formais em São Paulo (quase 5 milhões), ante 15,5% em 2000.

Agora, considerado apenas o varejo em 2024 (607 mil), os empregados se dividem em comércio varejista não especializado (147 mil, área que inclui supermercados), setor de produtos não especificados ou usados (134 mil), produtos alimentícios (88 mil), informática (77 mil), produtos farmacêuticos&perfumaria (68 mil), material de construção (52 mil) e artigos culturais&esportivos (24 mil) e outros 17 mil não especificados.

O número bate com a estimativa do presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah. “Temos mais de 80 mil pontos de venda. O comércio vem crescendo”, afirmou. Em todo o estado, o número de empresas abertas em 2024 chegou a 290 mil – o segundo maior da série do Sebrae, perdendo apenas para 2021 (292 mil).

Os registros da entidade não têm informações por município. Foram 206 mil MEIs, 63 mil microempresas (MEs) e 21 mil empresas de pequeno porte (EPPs).

Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine, a primeira coisa a comemorar no 471º aniversário da capital é a revitalização do Centro Histórico. “A região está recuperando o número de lojas, de empresas, inclusive na gastronomia.

Está sendo repovoada”, afirmou, antecipando que um projeto de urbanização e moradia, além da perspectiva de implementação de veículos leves sobre trilhos (VLTs). “Temos um setor de gastronomia significante, além dos grandes shows que vêm ocorrendo nos fins de semana.”

Ordine lembra que 600 mil pessoas circulam pela região diariamente. “É um número considerável, pelo potencial comprador e turístico.” E há ainda o projeto de transferência do centro administrativo do governo estadual para a região central. O que também atrairá investidores, com esse ‘inquilino’ garantido.

O presidente da ACSP destaca também os polos de crescimento da cidade. “Não temos mar. O ponto de encontro era na estação ferroviária. E isso acabou trazendo para cá a indústria e o comércio”, disse Ordine.

A cidade também dispunha de via fluvial, com circulação de mercadorias pelo rio Tamanduateí. Ele também se recorda de seus primeiros tempos no setor, inicialmente como office-boy (termo que não se usava na época) e posteriormente como auxiliar de vendas. Seu primeiro registro é de maio de 1960. “Na época, o slogan era: a cidade que mais cresce no mundo.” Uma vocação que São Paulo nunca perdeu.

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