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“Tarifa dos EUA ameaça 3 milhões de empregos no Brasil”, alerta diretor da Amcham

Publicado 17/07/2025 • 06:12 | Atualizado há 5 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O diretor de Políticas Públicas da Amcham Brasil, Fabrizio Panzini, afirmou que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelos Estados Unidos, coloca em risco cerca de 3 milhões de empregos no Brasil e também pode afetar empresas americanas com operação no país.
  • Segundo Panzini, a medida atinge em cheio o chamado comércio intrafirma, realizado entre subsidiárias brasileiras e matrizes americanas.

O diretor de Políticas Públicas da Amcham Brasil, Fabrizio Panzini, afirmou que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelos Estados Unidos, coloca em risco cerca de 3 milhões de empregos no Brasil e também pode afetar empresas americanas com operação no país.

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Segundo Panzini, a medida atinge em cheio o chamado comércio intrafirma, realizado entre subsidiárias brasileiras e matrizes americanas. “As exportações para os EUA são altamente industrializadas e estão atreladas a empregos gerados no Brasil. A tarifa inviabiliza boa parte dessas operações”, disse. Dados levantados pela Amcham em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento estimam que o comércio bilateral está ligado diretamente à manutenção de milhões de postos de trabalho no país.

Setores dos dois países podem ser prejudicados

O diretor destacou que a relação comercial entre Brasil e EUA é positiva e complementar, lembrando que quase 80% das exportações brasileiras para os americanos são de bens industriais. Além disso, 74% das importações dos EUA pelo Brasil entram com tarifa zero ou muito baixa, o que, segundo ele, demonstra que não há tratamento desfavorável a produtos americanos.

“Se essa tarifa de fato for aplicada, além de prejuízo à indústria brasileira, haverá impacto também sobre a economia dos Estados Unidos, principalmente em setores que dependem de peças e produtos produzidos no Brasil para serem finalizados e reenviados”, afirmou Panzini.

Superávit dos EUA é argumento contra tarifa

Panzini também lembrou que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil há mais de 15 anos, tanto em bens quanto em serviços. Só na última década, esse superávit em serviços superou os US$ 100 bilhões. “Nos primeiros seis meses deste ano, o superávit americano cresceu 500%. Isso mostra que não há tratamento discriminatório contra empresas dos EUA operando aqui”, reforçou.

Amcham defende prorrogação e negociação

Para evitar a entrada em vigor da medida, prevista para 1º de agosto, a Amcham propôs ao governo brasileiro e ao vice-presidente Geraldo Alckmin a abertura de um canal de negociação. A entidade também pede adiamento de 90 dias no prazo para que haja tempo suficiente para buscar uma solução diplomática.

Panzini afirmou que há espaço para negociações que levem a um acordo mutuamente benéfico. Segundo ele, se o Brasil for penalizado com a tarifa, outros países — possivelmente da Ásia — ocuparão o espaço, o que contraria os próprios objetivos comerciais dos EUA de reduzir o déficit com essas nações. “Temos confiança de que a racionalidade vai prevalecer”, concluiu.

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