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“Tarifas de Trump não mudam decisão do Copom no curto prazo”, afirma economista da Suno

Publicado 29/07/2025 • 19:19 | Atualizado há 14 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou nesta terça-feira (29) sua reunião com expectativa de manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, encerrando o atual ciclo de alta.
  • Apesar da tensão gerada pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o cenário doméstico de inflação sob controle e câmbio relativamente estável deve prevalecer na decisão do Banco Central.

O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou nesta terça-feira (29) sua reunião com expectativa de manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, encerrando o atual ciclo de alta. Apesar da tensão gerada pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o cenário doméstico de inflação sob controle e câmbio relativamente estável deve prevalecer na decisão do Banco Central.

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Segundo análise de Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, o aumento tarifário promovido por Donald Trump não deve ter impacto imediato sobre a decisão do Copom. “No curtíssimo prazo, esse embróglio em relação às tarifas não afeta a decisão. O Banco Central segue confortável em manter a taxa de juros em 15%”, afirmou. Para ele, o tema pode ser citado no comunicado oficial, com menções à guerra comercial e à volatilidade global, mas sem alterar o rumo da política monetária neste momento.

Ainda de acordo com Sung, o Banco Central está mais atento a fatores internos, como a desaceleração da atividade econômica, arrefecimento do crédito e melhora nas expectativas de inflação. “Esses fatores terão um peso muito maior para a manutenção da taxa de juros em 15% por um período prolongado”, completou.

Apesar da escalada tarifária, as projeções para o IPCA e para o câmbio vêm cedendo. O dólar, que poderia ter ultrapassado R$ 5,70, permaneceu na faixa de R$ 5,50 a R$ 5,60, o que Sung atribui à atuação diplomática do governo brasileiro e à percepção de que Donald Trump pode recuar, como já fez em negociações anteriores com União Europeia e Japão. “O mercado entende que o Brasil deve seguir no caminho diplomático, o que reduziu a volatilidade no câmbio”, avaliou.

Na avaliação do economista, os efeitos do ciclo de juros altos já começam a aparecer. “O mercado de crédito mostra sinais de desaceleração, e os indicadores de atividade – como o IBC-Br, serviços, varejo e indústria – apontam para um arrefecimento na margem. Isso é positivo para o Banco Central, pois confirma que a política monetária está surtindo efeito”, disse.

Com esse cenário, a Suno Research projeta que os cortes na Selic só devem começar no primeiro trimestre de 2026. “Não há motivo para antecipar uma queda ainda este ano. O Banco Central vai observar o impacto total da política monetária e, caso as condições se mantenham, poderá iniciar o afrouxamento em março ou abril do ano que vem”, apontou Sung.

A principal incerteza segue sendo o impacto das tarifas sobre o fluxo de capitais e os ativos brasileiros. Segundo o economista, o Brasil tem sido tratado como um caso à parte pelos Estados Unidos, com um tom mais político nas comunicações. “Isso dificulta as negociações e traz volatilidade. O fluxo estrangeiro para a Bolsa, que vinha positivo, já mostra sinais de retração”, disse.

Para o investidor, o momento exige cautela. A renda fixa continua atrativa com os juros elevados, enquanto a Bolsa, apesar dos riscos, pode abrir oportunidades. “Tudo depende do perfil e dos objetivos. Defendemos uma visão de longo prazo e que o investidor evite tomar decisões precipitadas diante dos ruídos de curto prazo”, concluiu Gustavo Sung. O anúncio da decisão do Copom está previsto para esta quarta-feira (30).

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