‘Taxa das blusinhas’ faz com que preços de fast fashion chinesas se aproximem de varejistas nacionais
Publicado 08/01/2025 • 18:29 | Atualizado há 2 meses
Enquanto a Binance busca reabilitação, CEO elogia Trump como ‘fantástico’ para o setor cripto
Após colapso, CEO vende empresa de US$ 310 milhões para o Walmart
Pessoas ricas seguem estas 5 regras; ‘não é só sobre o custo’, diz milionário autodidata
Bolsas Birkin rendem mais que o S&P 500. Mas bolsas de grife são realmente um investimento?
Elon Musk pede que funcionários da Tesla mantenham ações e critica vandalismo
Publicado 08/01/2025 • 18:29 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O BTG Pactual divulgou relatório sobre os preços praticados pelas varejistas Shein, C&A, Renner e Riachuelo, e avaliou que a ‘taxa das blusinhas’ tem ajudado a diminuir a diferença nos valores praticados pela chinesa com as demais.
A notícia é boa para o varejo nacional. Representa uma aproximação de 29 pontos percentuais para a C&A, 19 pontos para a Renner e 15 para a Riachuelo. “Ao analisarmos esses dados, esperamos que essa tendência perdure, pelo menos no curto prazo”, afirmou o relatório do BTG assinado pelos analistas Luiz Guanais, Gabriel Disseli e Pedro Lima.
A análise considera um carrinho com um vestido, calças jeans, calças jeans skinny, uma jaqueta, uma saia, uma camiseta, um shorts e uma camiseta colorida. Com a aproximação dos preços, o carrinho contendo os itens citados anteriormente totalizou R$ 765 na Shein, R$ 800 na C&A, R$ 909 na Riachuelo e R$ 840 na Renner. Para responder a sanções parecidas no passado, a Shopee seguiu uma tendência parecida, na qual trocou a maior parte de suas vendas internacionais por fabricantes e vendedores nacionais. A Shein deve fazer o mesmo. “Vemos um foco [da Shein] em desenvolver o seu marketplace localmente, enquanto a operação internacional perde participação no volume geral de vendas”, afirmou o banco. Quem também sai ganhando nessa conta é o Mercado Livre, segundo o BTG. Isso porque mais da metade do GMV (volume bruto de mercadoria) da empresa corresponde a compras com tíquete médio abaixo dos US$ 40 (aproximadamente R$ 250) e não é afetado pelas taxações.
Enquanto o varejo nacional sai ganhando, as quantidades e volumes de importações caem. Segundo a análise do banco, com dados da Receita Federal sobre as importações abaixo de US$ 50 dólares, em agosto do ano passado, após a implementação da ‘taxa das blusinhas’, o volume de importações caiu 40%. Voltou a subir logo no próximo mês, mas apenas 1%. Em novembro cresceu mais 8% e mais 9% em dezembro, para 13,3 milhões de remessas, número distante dos 18,6 milhões pré-taxação, em julho. O número de importações acima dos US$ 50 também caiu, 43%, em agosto do ano passado. Voltou a subir, aproximadamente 41 pontos percentuais, até novembro do ano passado, mas ainda abaixo dos níveis pré-taxação, chegando a 1,3 milhão de remessas, contra 1,6 milhão em julho.
A taxação de plataformas internacionais não é algo exclusivo do Brasil, pelo contrário, na América do Sul e Central, pelo menos 21 países realizam alguma forma de taxação parecida. Segundo dados do BTG, na região, a taxação brasileira, de 20%, é a terceira maior, ficando atrás do Uruguai, que aplica 22% e da Argentina, 21%. A taxa mais barata é de 4%, em Aruba. Na América do Norte, nenhum país, exceto o México (que taxa em 19%), aplica taxas acima de 10%. Os países do acordo da União Europeia aplicam taxas entre 17% e 27%.
Mais lidas
Krispy Kreme, famosa rede americana de donuts, anuncia chegada ao Brasil
Sem lei de incentivo, Novo MASP faz reforma de R$ 250 mi e abre segundo prédio no dia 28
Milionário ensina 4 erros financeiros que podem fazer você se sentir "quebrado"
Viagens Promo é notificada por órgão do governo federal por cancelamento de voos
Por que as redes de fast-food agora apostam em bebidas divertidas e saborizadas?