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CAGED Abril 2025 – A “boca” diz muito: crescimento do saldo ou esgotamento do ciclo de contratações?
Publicado 29/05/2025 • 16:44 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 29/05/2025 • 16:44 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O resultado de abril de 2025 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apresentou um saldo líquido de 257.528 postos formais de trabalho — número expressivamente superior aos 79.726 registrados em março e acima dos 239.886 de abril de 2024.
Em leitura superficial, o dado parece sinalizar aquecimento do mercado. No entanto, uma análise menos ufanista e mais atenta sugere um quadro de saturação e acomodação.
Vemos que apesar do aumento do saldo entre este abril é o do ano passado, um fenômeno diferente se apresenta.
A "boca" que se abre no gráfico entre admissões e demissões reflete menos dinamismo na criação de novas vagas e mais contenção nas saídas.
Apesar da expansão do saldo líquido, o movimento foi impulsionado não pelo crescimento das admissões — que aumentaram apenas 1,4% na comparação com abril do ano passado —, mas pela redução dos desligamentos, que caíram 6,7% no mesmo intervalo.
Esse padrão revela um mercado menos dinâmico, onde novas vagas não são criadas na mesma velocidade de antes e no qual a mobilidade ocupacional pode estar se reduzindo.
Em outras palavras, trabalhadores evitam trocar de emprego em um ambiente de menor perspectiva de avanço salarial ou reposicionamento. A permanência nas atuais posições pode representar mais um reflexo da cautela do que da satisfação.
Se isso for verdade, vamos checar o crescimento do salário e comparar o saldo acumulado entre os dois anos.
Rendimento real em queda
O salário médio de admissão em abril de 2025 foi de R$ 2.534, representando um aumento nominal de apenas 1,04% frente a abril de 2024 (R$ 2.508). No mesmo período, a inflação acumulada pelo IPCA foi de 5,53%, o que implica uma perda real de renda para os trabalhadores recém-contratados.
No acumulado de janeiro a abril de 2025, o saldo de empregos formais foi de 922.326, uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024, que havia registrado 965.818. Em termos qualitativos e quantitativos, o mercado apresenta perda de tração.
Considerações finais
O número absoluto de abril pode ter provocado manchetes otimistas, mas os dados subjacentes apontam para uma realidade menos animadora.
A estagnação das admissões, a retração dos desligamentos, a desaceleração do saldo acumulado e a corrosão do rendimento real são sinais consistentes de que o ciclo de geração líquida de vagas pode estar se esgotando.
Neste contexto, a interpretação do saldo do CAGED exige mais do que entusiasmo com o dado agregado. É preciso observar o conjunto: quantidade de admissões, padrão de demissões e, principalmente, a qualidade do emprego — medida, entre outros fatores, pela evolução do salário real.
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