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O retrato geral – desocupação, renda e desalento por Estados
Publicado 18/08/2025 • 18:40 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 18/08/2025 • 18:40 | Atualizado há 1 mês
O IBGE trouxe um dado histórico: 5,8% de taxa de desocupação no 2º trimestre de 2025, o menor índice desde que a PNAD Contínua começou em 2012.
A fotografia parece positiva: menos gente procurando trabalho sem encontrar, renda média de R$ 3.477 em alta frente ao ano passado e uma massa salarial recorde de R$ 351,2 bilhões.
Mas, como sempre, a boa notícia vem com asterisco. A queda é desigual, e por trás do número médio ainda se escondem o desalento, a informalidade e a brutal disparidade regional.
O Sul e parte do Centro-Oeste vivem situação de quase pleno emprego: Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) lideram o ranking dos melhores resultados. No outro extremo, Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e o Distrito Federal (8,7%) expõem o lado mais frágil do país.
Não se trata apenas de ciclos locais: é o retrato de uma economia brasileira de “dois andares” — um mais industrializado e dinâmico, outro ainda preso à estagnação e à dependência de transferências.
Mapa 1 – Taxa de desocupação nos Estados
A desigualdade também se vê na remuneração. O topo vem do Distrito Federal (R$ 5.919), do Rio de Janeiro (R$ 4.205) e de São Paulo (R$ 4.170). Já na base estão Maranhão (R$ 2.171), Bahia (R$ 2.199) e Ceará (R$ 2.327).
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O mesmo país que exibe rendas quase europeias em Brasília ou Florianópolis convive com salários que mal ultrapassam dois salários mínimos em boa parte do Nordeste.
Interessante notar que, justamente onde há mais renda, como no Distrito Federal, a taxa de desemprego é alta. Um mercado restrito, que paga bem a poucos, mas fecha portas a muitos outros.
Mapa 2 – Rendimento nos Estados
O desalento é a sombra dos números bonitos. Em Santa Catarina, apenas 0,3% desistiram de procurar trabalho. No Maranhão, são 9,3% — quase um em cada dez adultos fora do jogo, não por opção, mas por descrença.
O desalento não entra no cálculo do desemprego; é o desemprego disfarçado, a desistência que mascara estatísticas. Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%) completam o triste pódio.
Mapa 3 – Desalento nos Estados
Subutilização: o contingente invisível
A taxa composta de subutilização é de 14,4% no Brasil (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada), mas chega a 30,2% no Piauí, com Bahia (27,0%) e Sergipe (26,0%) a seguir.
É como se um terço da força de trabalho estivesse com horas a menos ou fora do mercado, sem oportunidade.
Informalidade: mais da metade no Maranhão
A informalidade, por sua vez, segue alta: 37,8% da população ocupada, passando de 56% no Maranhão, seguido por Pará (55,9%) e Bahia (52,3%).
O desemprego cai, mas parte das vagas são precárias, sem carteira e sem proteção. É um mercado que se formaliza pouco e se sustenta em subempregos.
Gênero, raça e escolaridade: desigualdades persistem
A estatística confirma o óbvio: gênero, cor e escolaridade ainda definem as chances no mercado de trabalho brasileiro. Para uma taxa de desocupação média de 5,8%:
É tentador celebrar a menor taxa de desemprego em mais de uma década. Mas seria ingênuo confundir estatística com realidade social.
A queda da desocupação convive com desalento elevado no Nordeste, renda desigual entre regiões, alta informalidade e um mercado de trabalho que ainda reflete a herança estrutural do país.
O Brasil melhora no agregado, mas a pergunta que fica é: estamos diante de um ciclo conjuntural passageiro ou de uma mudança estrutural capaz de reduzir desigualdades?
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