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Confiança respira hoje, mas não acredita no amanhã

Publicado 25/08/2025 • 20:06 | Atualizado há 2 horas

Alberto Ajzental

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Alberto Ajzental

Analista Econômico do Jornal Times Brasil e do Money Times, é Engenheiro Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Administração de Empresas com ênfase em Economia pela FGV. Atuou como Professor de Economia e Estratégia de Negócios na EESP-FGV e atualmente coordena Curso Desenvolvimento de Negócios Imobiliários na EAESP-FGV. Trabalha há mais de 30 anos no mercado imobiliário de São Paulo, em incorporadoras e construtoras de alto padrão, assim como em fundo imobiliário. Atualmente é CEO de importante empresa patrimonialista imobiliária.

KEY POINTS

  • Em agosto, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 0,5 ponto, para 86,2 pontos, acumulando perda de 7,1 pontos em 12 meses.
  • O dado mais preocupante está nas expectativas: o Índice de Expectativas (IE) recuou 13,5 pontos em um ano, refletindo um pessimismo persistente.

Em agosto, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 0,5 ponto, para 86,2 pontos, acumulando perda de 7,1 pontos em 12 meses.

O dado mais preocupante está nas expectativas: o Índice de Expectativas (IE) recuou 13,5 pontos em um ano, refletindo um pessimismo persistente. A confiança permanece presa em patamares desfavoráveis, bem abaixo da média histórica de 100.

Gráfico 1 – Evolução Índice de Confiança, Situação Atual e Expectativas

Presente melhor, futuro pior

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, para 84,5, sinal de algum alívio momentâneo no presente — talvez por estabilidade no emprego ou ganhos pontuais de renda. Já o IE caiu para 88,1, mostrando que o consumidor não acredita na continuidade dessa melhora. O quadro é de clara divergência: o presente respira, o futuro se esfarela.

O peso das dívidas

A situação financeira futura das famílias recuou para 79,8 pontos, o menor nível desde 2021. Esse dado sintetiza a fragilidade: mesmo com pequenos sinais de estabilidade, a visão de longo prazo é soterrada por juros altos, inadimplência recorde e endividamento elevado. Sem crédito acessível e sem confiança, o consumo permanece travado.

Pobres e ricos mais pessimistas

A variação por renda foi desigual. A confiança caiu entre os consumidores de menor renda (até R$ 2.100) e entre os de maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600). No meio, houve alta: entre R$ 2.100 e R$ 9.600, a confiança subiu.

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Isso revela um paradoxo: os mais pobres sentem inflação e crédito caro, os mais ricos precificam riscos macroeconômicos, enquanto as faixas intermediárias se beneficiam de um alívio relativo.

Termômetro da economia

O ICC é mais do que um número estatístico: é um indicador antecedente da atividade econômica. Como o consumo das famílias responde por mais de 60% do PIB, a piora nas expectativas indica cautela à frente, menor fôlego para o varejo e para os serviços, e um freio adicional ao crescimento. Agosto deixou a mensagem clara: confiança parada no presente, mas sem acreditar no amanhã.

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