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Governo negocia empréstimo com bancos públicos e privados para salvar Correios e evitar aporte do Tesouro

Publicado 14/10/2025 • 17:49 | Atualizado há 5 horas

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Eduardo Gayer

Eduardo Gayer é analista de Política e Economia do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. Formado em Jornalismo pela PUC-SP e em História pela USP, tem extensão em jornalismo econômico pela FGV-SP. Antes de ingressar na TV, foi subeditor da Coluna do Estadão e repórter no Broadcast, acompanhando política e mercado financeiro. Cobriu in loco a guerra na Ucrânia e os mais importantes fóruns multilaterais no exterior dos últimos anos, como G-7, G-20, CELAC e Mercosul.

KEY POINTS

  • O governo federal negocia com bancos públicos e privados um empréstimo para os Correios — na ordem dos bilhões — que possa socorrer a estatal e, principalmente, adiar a necessidade de um aporte financeiro do Tesouro, em meio ao aperto no Orçamento.
  • Nas negociações estariam Banco do Brasil, Caixa, BTG Pactual e Citibank. Os ministérios da Fazenda, da Casa Civil, da Gestão e das Comunicações participam das conversas.
  • No primeiro semestre de 2025, o rombo nos Correios chegou a R$ 4,3 bilhões. A tendência é que o empréstimo fique entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões apenas para este ano, e mais R$ 10 bilhões no ano que vem.

Agência dos Correios.

Divulgação

O governo federal negocia com bancos públicos e privados um empréstimo bilionário para os Correios, em uma tentativa de socorrer a estatal e adiar a necessidade de um aporte financeiro direto do Tesouro Nacional, em meio ao aperto no Orçamento. Nas conversas estariam Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BTG Pactual e Citibank. Os ministérios da Fazenda, da Casa Civil, da Gestão e das Comunicações participam das tratativas.

De acordo com fontes do Palácio do Planalto, o crédito funcionaria como um “respiro temporário”, enquanto o novo presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, adota medidas para sanear as contas e buscar novas fontes de receita. Procurada, a companhia não comentou.

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No primeiro semestre de 2025, o rombo nos Correios chegou a R$ 4,3 bilhões. A expectativa é que o empréstimo fique entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões neste ano, com possibilidade de mais R$ 10 bilhões em 2026, embora ainda não haja valor definido. O Tesouro Nacional deve oferecer as garantias necessárias para a operação.

Mesmo que o empréstimo seja concretizado, não está descartada a necessidade de um aporte direto em 2026, dada a gravidade da situação financeira da estatal, segundo auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A equipe econômica tenta evitar esse cenário a qualquer custo. A meta fiscal de 2025 é considerada apertada — um superávit primário de 0,25% do PIB — e ainda há indefinição sobre como recompor o Orçamento após a derrubada da Medida Provisória das Taxações, que previa R$ 20 bilhões em arrecadação.

Como já mostrou o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o presidente Lula quer conhecer a experiência da Itália no processo de reestruturação da estatal postal, por meio da abertura de capital da Poste Italiane, realizada em 2015.

A empresa italiana fez uma oferta pública de ações (IPO) para ampliar capital, conseguiu reverter o prejuízo e hoje é superavitária. Mesmo assim, o governo italiano manteve o controle acionário, evitando uma privatização completa.

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