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Tarifaço: Tensão na Venezuela vira risco para acordo entre EUA e Brasil

Publicado 17/10/2025 • 21:08 | Atualizado há 10 horas

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Eduardo Gayer

Eduardo Gayer é analista de Política e Economia do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. Formado em Jornalismo pela PUC-SP e em História pela USP, tem extensão em jornalismo econômico pela FGV-SP. Antes de ingressar na TV, foi subeditor da Coluna do Estadão e repórter no Broadcast, acompanhando política e mercado financeiro. Cobriu in loco a guerra na Ucrânia e os mais importantes fóruns multilaterais no exterior dos últimos anos, como G-7, G-20, CELAC e Mercosul.

Imagem criada por Inteligência Artificial.

Bandeiras do Brasil e dos EUA

A tensão crescente na Venezuela, com a ameaça de uma invasão militar pelos Estados Unidos, tornou-se um risco potencial para o acordo comercial — ainda em início de negociação — entre os governos brasileiro e americano. Por ora, os embaixadores monitoram o impasse.

De acordo com integrantes do Palácio do Planalto, o Itamaraty vai se posicionar de forma contundente se, de fato, houver uma incursão militar em solo venezuelano. Não haverá cálculo sobre eventuais impactos nas tratativas comerciais, porque a soberania latino-americana é considerada inegociável para a diplomacia brasileira.

O governo não pretende misturar os assuntos e não fará qualquer “trade-off” entre tarifas e silêncio sobre a Venezuela. Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltam, nos bastidores, que a Casa Branca tem conhecimento da posição do Brasil em relação ao país de Nicolás Maduro.

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O clima entre integrantes do governo é de preocupação, considerando que o Brasil faz fronteira com a Venezuela e teria de lidar com a crise político-humanitária que seria aprofundada no país. Além disso, a análise da diplomacia brasileira é que uma intervenção causaria instabilidade em toda a região.

Por ora, a negociação comercial com os Estados Unidos caminha de maneira positiva. Nesta sexta-feira (17), o presidente Lula recebeu, no Palácio da Alvorada, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que fez uma devolutiva sobre o encontro em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. As equipes técnicas começarão a se reunir para as tratativas a partir da próxima semana.

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