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CNBC Exclusivo CNBC: Trump “provavelmente” demitirá presidente do Fed “em breve”, diz autoridade da Casa Branca

Análise Exclusiva Marcelo Favalli

Inflação nos EUA x crescimento da China: quem vence essa disputa?

Publicado 16/07/2025 • 06:48 | Atualizado há 1 hora

Redação Times Brasil

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Marcelo Favalli

Marcelo Favalli além de jornalista é Mestre em Relações Internacionais pela PUC e professor nos cursos de pós-graduação de Política Contemporânea, da FAAP e do MBA em Comunicação e Política da USP. Dos 27 anos de profissão, na imprensa, dedicou 18 deles à cobertura estrangeira. Foi correspondente na América Latina e no Estados Unidos.

KEY POINTS

  • Dados referentes ao segundo trimestre de 2025 mostram uma aceleração nos preços ao consumidor nos Estados Unidos, com destaque para o mês de junho, quando a inflação atingiu 2,7% — maior índice desde fevereiro.
  • A leitura marca uma reversão na tendência de desaceleração observada desde o fim do governo Biden e reacende o debate sobre os efeitos do retorno de Donald Trump à presidência.

A inflação voltou a preocupar a maior economia do mundo. Dados referentes ao segundo trimestre de 2025 mostram uma aceleração nos preços ao consumidor nos Estados Unidos, com destaque para o mês de junho, quando a inflação atingiu 2,7% — maior índice desde fevereiro. 

A leitura marca uma reversão na tendência de desaceleração observada desde o fim do governo Biden e reacende o debate sobre os efeitos do retorno de Donald Trump à presidência.

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Entre os principais vilões da inflação, destacam-se os preços da energia, alimentos e serviços médicos. O cenário é agravado por cortes em subsídios públicos e por oscilações no mercado global de commodities.

Ainda que os impactos diretos das tarifas anunciadas por Trump sobre produtos importados — inclusive do Brasil — não tenham sido sentidos integralmente até junho, a expectativa é de pressão adicional nos próximos meses.

Inflação: de volta ao radar

A análise do segundo trimestre revela um movimento atípico. Ao contrário de 2023 e 2024, quando a inflação desacelerou entre abril e junho, o ano de 2025 registrou um movimento ascendente.

Economistas apontam que não se trata de um fenômeno sazonal, mas de um desvio na trajetória inflacionária.

Um gráfico que acompanha o comportamento da inflação desde o início de 2024 mostra um pico na virada de governo, seguido de queda e nova elevação ao longo de março, abril, maio e junho.

Os vilões do trimestre

Entre os itens que mais pressionaram a inflação:

  • Alimentação em casa: voltou a subir em junho após dois meses de retração. Produtos como café e ovos puxaram os preços. A expectativa é de que as tarifas de Trump sobre alimentos da América Latina agravem esse quadro.
  • Energia: após breve alívio, os custos com combustíveis e eletricidade voltaram a subir.
  • Serviços médicos: ficaram mais caros após cortes nos programas de assistência pública como Medicaid e Medicare.
  • Veículos novos: na contramão, apresentaram queda de preços por excesso de estoque nas concessionárias e redução de incentivos fiscais a carros elétricos promovida por Trump.

E o tarifaço?

As tarifas de até 50% anunciadas por Trump ainda não impactaram diretamente o índice de inflação atual, mas a expectativa é de que os efeitos comecem a ser percebidos no terceiro trimestre.

Produtos como café, aço, suco de laranja e autopeças devem encarecer, tanto nos EUA quanto nos mercados exportadores, como o Brasil.

O governo americano alega que a medida visa proteger empregos e combater desequilíbrios comerciais, mas analistas alertam para os riscos de encarecimento do custo de vida.

Disputa com a China

Enquanto os Estados Unidos enfrentam pressões inflacionárias, a China mantém sua trajetória de crescimento, mesmo com desafios internos.

A economia chinesa tem se beneficiado da reorganização das cadeias globais de suprimento e do fortalecimento das exportações, inclusive de bens de tecnologia.

Analistas apontam que, nesse contexto, a batalha entre inflação americana e expansão chinesa coloca em risco a competitividade dos EUA no médio prazo.

A política tarifária de Trump pode proteger setores locais no curto prazo, mas especialistas alertam para o risco de prejudicar o próprio consumidor americano e isolar os EUA em um momento em que a China avança com acordos comerciais e ampliação de sua influência global.

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