O câncer infantil precisa de atenção
Publicado 24/02/2025 • 14:48 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 24/02/2025 • 14:48 | Atualizado há 2 meses
Imagem de médica e paciente
Pexels
O câncer infantil é um desafio crescente no Brasil, impactando não só a saúde pública, mas também a vida de inúmeras famílias que enfrentam as dificuldades do diagnóstico e tratamento dessa doença em crianças. Os tipos mais comuns de câncer infantil no Brasil incluem leucemias, tumores cerebrais e linfomas (câncer que afeta o sistema linfático, responsável por ajudar na defesa do corpo contra infecções). Embora a taxa de cura tenha aumentado significativamente nos últimos anos, a sobrevida a longo prazo depende de diversos fatores, como o tipo de câncer, a detecção precoce e o acesso a tratamentos adequados.
Apesar do diagnóstico de câncer em crianças ser menos comum que em adultos, ele continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes. Ao contrário do câncer em adultos, o câncer infantojuvenil é mais comum em células do sangue e tecidos de suporte ao corpo. Nos últimos 40 anos, os avanços no tratamento dessa doença foram notáveis. Atualmente, cerca de 80% das crianças e adolescentes diagnosticados podem ser curados, desde que o diagnóstico seja precoce e o tratamento seja feito em centros especializados.
A distribuição do câncer infantil nas regiões do Brasil é desigual. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de mortalidade é mais elevada, dado o acesso limitado a tratamentos especializados. Já nas regiões Sul e Sudeste, há maior disponibilidade de centros de referência e tratamentos mais avançados, o que reflete em índices de sobrevivência mais favoráveis. Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para cada ano, entre 2023 e 2025, o Brasil deve registrar cerca de 7.930 novos casos de câncer em crianças e adolescentes, o que representa uma média de 134,81 casos para cada milhão de crianças e adolescentes. Desses casos, aproximadamente 4.230 serão em meninos e 3.700 em meninas, o que corresponde a um risco de 141 casos para cada milhão de meninos e 129 para cada milhão de meninas.
As desigualdades no acesso a cuidados continuam sendo um grande obstáculo para o enfrentamento da doença, principalmente pela falta de diagnóstico precoce e a demora no encaminhamento para tratamentos especializados. Muitas vezes, a detecção ocorre em estágios mais avançados, o que dificulta as opções terapêuticas e diminui as chances de cura. Além disso, o país enfrenta desafios estruturais no sistema de saúde pública, como a escassez de unidades e equipes especializadas em oncologia pediátrica.
Outro ponto crítico é a falta de conscientização da população sobre os sinais e sintomas do câncer infantil. A ausência de uma cultura de prevenção e a falta de informações adequadas geram um impacto negativo, retardando o diagnóstico e o início do tratamento. Em muitas regiões, os pais e responsáveis não têm acesso a informações claras sobre o câncer infantil, e, muitas vezes, a doença é confundida com quadros mais comuns, como gripes ou infecções virais.
Logo, é essencial a difusão de campanhas de conscientização em escolas, meios de comunicação e unidades de saúde para aumentar o conhecimento da população geral sobre a doença. A disseminação de informações sobre os sinais precoces da doença pode salvar vidas ao possibilitar um diagnóstico mais rápido, como cansaço excessivo, perda de peso inexplicada, dor persistente, manchas roxas, dores de cabeça com vômito de manhã, inchaço ou dor nos ossos e articulações, surgimento de protuberâncias ou massas no abdômen, pescoço ou em outras partes do corpo. Por isso, a conscientização sobre o câncer infantil deve ser uma prioridade, tanto entre os profissionais de saúde quanto entre a população geral.
Por Dr. Luis Eduardo Werneck – CRM 9638 PA RQE 73414
Oncologista
Diretor clínico do Grupo Oncológica do Brasil
Membro Brazil Health
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