Stablecoins acompanham ativos de lastro e ganham espaço em operações internacionais
Publicado 17/04/2025 • 09:43 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 17/04/2025 • 09:43 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
No episódio desta quarta-feira (16) do programa Cripto Brasil, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, o apresentador Rodrigo Batista respondeu a uma pergunta enviada por uma espectadora e explicou as diferenças entre stablecoins e outras criptomoedas.
O programa também contou com a participação da executiva Nicole Dyskant, da empresa Fireblocks, que abordou o papel das stablecoins em transações internacionais e no varejo da América Latina.
A dúvida enviada por Areta, de 27 anos, questionava os efeitos do recente “tarifaço” sobre o mercado de stablecoins. Rodrigo afirmou que a medida teve influência significativa sobre o setor de criptoativos como um todo, incluindo as stablecoins. Segundo ele, essas moedas digitais não apresentam um comportamento próprio, mas sim replicam o desempenho dos ativos aos quais estão atreladas.
“O tarifaço teve uma influência gigante dentro de todo o mundo cripto e das stablecoins também. No caso específico das stablecoins, elas normalmente estão atreladas ao dólar, ao ouro ou a outros ativos. Elas se comportaram muito parecido com esses ativos”, afirmou. Ele acrescentou que as stablecoins lastreadas em ouro, por exemplo, tiveram valorização expressiva, pois o metal foi buscado como proteção em meio à crise.
Em seguida, Rodrigo explicou o conceito das stablecoins utilizando uma analogia com festas escolares. Ele comparou essas moedas digitais às fichas que substituem o dinheiro em quermesses. “A pessoa dá dinheiro para o caixa, recebe uma ficha de R$ 5 ou R$ 10, e depois usa isso para comprar alguma coisa. As empresas de stablecoin funcionam da mesma forma. Elas captam dólares ou ouro e emitem o equivalente em forma de criptomoeda”, explicou.
Segundo ele, as stablecoins começaram a ser usadas entre 2014 e 2015, inicialmente como uma forma de facilitar a transferência de valores entre exchanges, como a Kraken e a Coinbase. Hoje, o mercado já conta com empresas de grande porte que captam dólares e aplicam os recursos em títulos do governo americano, gerando lucro com os rendimentos desses investimentos.
A segunda parte do programa contou com a participação de Nicole Dyskant, executiva da Fireblocks. Ela destacou que o uso de stablecoins em operações comerciais e financeiras tem aumentado. Nicole explicou que a Fireblocks, empresa de infraestrutura para transações com ativos digitais, movimenta anualmente cerca de 2 trilhões de dólares em stablecoins e 4 trilhões em ativos digitais no total.
“As stablecoins trazem eficiência, rapidez e segurança para liquidações de transações transfronteiriças. Isso é perceptível por todos os players do mercado, tanto em operações corporativas quanto no varejo”, disse Nicole.
Ela comentou que as stablecoins estão sendo usadas em pagamentos de grandes embarques, como navios, e em importações e exportações. Segundo Nicole, compradores e vendedores se sentem mais seguros usando stablecoins, pois evitam intermediários e prazos bancários tradicionais. “Você não precisa esperar dois ou três dias para liquidar a transação”, afirmou.
Na América Latina, segundo Nicole, o uso de stablecoins também se intensificou por causa da instabilidade das moedas locais. Países como Brasil e Argentina, que enfrentam históricos de inflação elevados, têm adotado stablecoins para proteger o patrimônio de pessoas físicas. “O varejo está usando muito para se proteger da flutuação da moeda e fazer uma poupança equiparada em dólar”, disse.
Ela destacou que as stablecoins lastreadas em dólar americano são as mais utilizadas, tanto em operações corporativas quanto para reserva de valor entre consumidores. Segundo Nicole, a facilidade de uso se soma à segurança e à liquidez instantânea, características que aproximam as stablecoins de soluções como o Pix no Brasil.
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