Stablecoins mantêm força durante crise, aponta diretor da CoinDesk Indices
Publicado 17/04/2025 • 10:51 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 17/04/2025 • 10:51 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Durante o programa Cripto Brasil, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC desta quarta-feira (16), o diretor administrativo da CoinDesk Indices, Andy Baeher, analisou o desempenho das stablecoins diante das recentes instabilidades econômicas.
Segundo ele, os movimentos nos preços observados nas últimas semanas foram compatíveis com os esforços do governo dos Estados Unidos para manter as taxas de juros em patamares baixos.
“Pessoas com muitos títulos do Tesouro venderam seus ativos, seja por estratégia ofensiva ou defensiva, o que elevou o volume de negociações”, afirmou Baeher. Apesar desse cenário, ele destacou que não houve impacto significativo sobre as stablecoins, que atingiram um valor total bloqueado (TVL) de US$ 250 bilhões.
O executivo observou que esse montante não foi convertido em moeda fiduciária, o que sinaliza uma manutenção do interesse de investidores nesse tipo de ativo digital. De acordo com Baeher, há entre US$ 4 e 5 bilhões em fundos tokenizados lastreados em mercado monetário ou em títulos do Tesouro de curto prazo, utilizados como instrumentos de rendimento e garantia. Ele ressaltou que esses fundos mantêm “duração curta e características de rendimento consistentes”.
Na sequência do programa, o analista Rodrigo Batista explicou os diferentes tipos de stablecoins e os riscos associados a cada modelo. Segundo ele, essas moedas digitais podem ser classificadas com base no ativo ao qual estão atreladas, como moedas fiduciárias, a exemplo do dólar, ou commodities, como ouro e prata.
Batista mencionou ainda as stablecoins algorítmicas, que não possuem ativos guardados fisicamente e utilizam algoritmos para manter paridade com um determinado valor, como o dólar ou uma onça de ouro. “Essas moedas tentam manter o valor por meio de mecanismos automatizados, mas nenhuma conseguiu, até agora, ganhar tração e uso relevante no mercado”, afirmou.
Outra distinção apontada por ele foi entre stablecoins onshore e offshore. Como exemplo de operação onshore, citou a USDC, segunda maior stablecoin do mercado, emitida pela empresa americana Circle, sob regulação dos Estados Unidos. Em contraponto, Batista apresentou a Tether (USDT) como exemplo de stablecoin offshore, emitida por meio de uma entidade registrada em El Salvador, permitindo à empresa operar fora das exigências regulatórias americanas.
“A Tether é a maior empresa do setor e emite a moeda mais utilizada no mundo, a USDT. Está no mercado desde 2014 e tem hoje um papel central”, afirmou o analista. Ele destacou que, por critérios de receita, a empresa superou gigantes do setor financeiro. “Em 2023, a Tether teve receita de US$ 13 bilhões, equivalendo à cerca de R$ 75 bilhões pela cotação atual. Isso é mais que a receita somada de Itaú e Santander”, completou.
Segundo ele, a empresa opera com aproximadamente 200 funcionários e apresenta uma das maiores taxas de lucro por colaborador do mercado. Batista acrescentou que a moeda é amplamente utilizada em países como Brasil, Argentina, além de nações na África e Ásia.
A Tether é também a sétima maior detentora de títulos do Tesouro americano, fato que, segundo Batista, desperta atenção e desconfiança por parte de autoridades regulatórias. Ele ressaltou que, por estar sediada fora dos Estados Unidos, a empresa não segue a regulação americana, facilitando operações como o envio de recursos entre países com restrições locais.
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