25 de Março tem metro quadrado mais caro que Higienópolis e Jardim Paulista, estudo avalia motivos
Publicado 22/03/2025 • 10:00 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 22/03/2025 • 10:00 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A região da 25 de Março, um dos maiores centros comerciais de São Paulo, se destaca entre os locais com o metro quadrado mais caro da cidade. O valor do metro quadrado foi atualizado em 4,6% pela Prefeitura de São Paulo, com a área da 25 de Março alcançando valores que variam de R$ 11.437,31/m² a R$ 21.478,47/m².
Este aumento coloca a região à frente de bairros tradicionais e nobres, como Jardim Paulista e Higienópolis.
Um estudo realizado pelos engenheiros Paulo Palmieri Magri e Antonio Carvalho Neto busca explicar os fatores que levaram a essa valorização. Segundo Magri, a localização estratégica da rua, no centro de São Paulo e próxima a pontos importantes como a estação de metrô São Bento, o Mercado Municipal e a Praça da Sé, tem sido crucial para a valorização da área.
A 25 de Março, além de ser um polo comercial, também é um centro turístico, contribuindo para a demanda e o alto valor do metro quadrado.
Outro ponto destacado no estudo são os altos volumes de vendas e a movimentação comercial, especialmente durante as sazonalidades importantes para o comércio.
Além disso, a taxa de emprego, que envolve milhares de trabalhadores diretamente ligados ao comércio local, também impacta os valores imobiliários. Magri observa que a 25 de Março se tornou um indicador de preços e inflação, funcionando como um termômetro do impacto da inflação e do poder de compra da população.
O aumento de 4,6% na Planta Genérica de Valores (PGV) da Prefeitura de São Paulo, que reflete os valores do metro quadrado de terrenos e construções para o exercício de 2025, também impactou a 25 de Março, colocando a região como uma das mais atrativas do município.
Além disso, o valor de metro quadrado de terreno fixado na PGV varia entre R$ 11.437,31/m² e R$ 21.478,47/m², o que a coloca à frente de áreas tradicionais da cidade como Higienópolis e Jardim Paulista.
Em um cenário de mudança nos hábitos de consumo, impulsionado pelo crescimento do e-commerce durante a pandemia, houve uma redução de cerca de 30% na movimentação de pessoas na região.
No entanto, devido à sua localização central, a 25 de Março continua sendo um centro de atratividade imobiliária, com um alto potencial de rentabilidade, particularmente por conta do interesse por imóveis comerciais voltados à locação, em razão do seu grande potencial econômico.
“O objetivo do estudo foi entender a valorização da região. Muitos peritos avaliadores desconhecem esse fenômeno, e nosso estudo oferece uma análise macroeconômica detalhada para compreender melhor o cenário imobiliário de uma das regiões mais relevantes de São Paulo”, afirmou Magri.
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