Ben & Jerry’s processa Unilever após alegação de censura sobre críticas a Trump
Publicado 14/02/2025 • 17:37 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 14/02/2025 • 17:37 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
A Ben & Jerry’s entrou com um processo contra sua controladora, Unilever, acusando a empresa de exigir que a marca de sorvetes se abstenha de fazer declarações públicas críticas ao presidente Donald Trump. A acusação surgiu enquanto a Ben & Jerry’s se prepara para ser desmembrada da Unilever no final deste ano.
Em uma petição apresentada em tribunal federal de Manhattan, a Ben & Jerry’s afirmou que Peter ter Kulve, chefe da divisão de sorvetes da Unilever, proibiu a empresa de publicar qualquer conteúdo criticando Trump, citando a reestruturação da Unilever como justificativa para essa decisão.
A Ben & Jerry’s revelou ainda que, em janeiro, após a posse de Trump, a Unilever já havia impedido uma postagem que mencionava o presidente. Segundo a empresa, a medida foi tomada por conta de um “novo dinamismo” provocado pela reestruturação da Unilever.
Este processo faz parte de uma disputa mais ampla sobre o futuro da Ben & Jerry’s, que busca manter seu conselho independente e sua postura ativa em questões sociais, algo que se tornou um ponto de tensão desde que a Unilever adquiriu a empresa em 2000. A Ben & Jerry’s é conhecida por suas posições políticas e sociais, e a Unilever, no entanto, tem tentado centralizar a operação da marca dentro de seu portfólio.
No tribunal, a marca também pediu para bloquear os esforços da Unilever de dissolver seu conselho independente e de encerrar seu ativismo social. As duas empresas têm divergido publicamente desde 2021, especialmente após a Ben & Jerry’s interromper suas vendas na Cisjordânia, o que resultou na venda de seus negócios na região.
A Unilever anunciou que pretende desmembrar as marcas de sorvetes, incluindo Ben & Jerry’s, Breyers e Magnum, criando uma empresa independente de sorvetes. A companhia escolheu Amsterdã para a listagem primária da nova empresa, que gerou uma receita de 8,3 bilhões de euros em 2024.
O processo segue sendo analisado pelo tribunal de distrito dos EUA para o sul de Nova York.
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