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Buffett prepara saída histórica, e Wall Street quer saber: sucessor dará conta?

Publicado 11/12/2025 • 15:48 | Atualizado há 19 minutos

KEY POINTS

  • Warren Buffett inicia a sucessão após seis décadas, preparando a transição do comando da Berkshire Hathaway para Greg Abel a partir de janeiro de 2026
  • Investidores temem perda da “aura Buffett”, já que o executivo concentrou decisões estratégicas e ajudou a impulsionar o valor da empresa, enquanto Abel deverá adotar liderança mais direta e modernizar a gestão
  • Berkshire passa por reestruturação interna, com mudanças na diretoria, pressão por dividendos, pedidos por mais transparência e dúvidas sobre o futuro do portfólio bilionário sob uma estratégia potencialmente mais “mão na massa”
Warren Buffett

Warren Buffett

Adam Jeffery | CNBC

A Berkshire Hathaway inicia, em 1º de janeiro, um dos capítulos mais importantes de sua história: Warren Buffett, 95, passará o comando executivo da empresa para Greg Abel, atual vice-presidente e sucessor apontado desde 2020.

Buffett deve seguir como presidente do conselho, mas a mudança marca, na prática, o começo da era pós-Buffett. E o mercado sabe disso.

Abel, 63, terá de lidar com uma tarefa sem precedentes: assumir um conglomerado de US$ 1,07 trilhão moldado quase inteiramente por uma única figura, reverenciada há décadas como o investidor mais admirado do mundo. Especialistas afirmam que parte significativa do valor das ações da Berkshire deriva justamente da credibilidade pessoal de Buffett.

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A sucessão abre espaço para um estilo de gestão mais direto. Abel já iniciou mudanças estruturais, incluindo a redistribuição de responsabilidades sobre 32 empresas do grupo e a promoção de novos executivos para posições-chave, entre eles, um novo diretor financeiro, a nova CEO da Geico, Nancy Pierce, e o primeiro conselheiro jurídico interno da história da Berkshire.

Analistas afirmam que Abel poderá adotar uma postura mais ativa para melhorar custos, acelerar crescimento e aumentar a eficiência operacional.

Outro ponto sensível deve voltar ao centro do debate: o pagamento de dividendos. A Berkshire não distribui dividendos desde 1967, e parte dos acionistas espera que Abel sinalize alguma mudança.

O legado de Buffett

Buffett transformou uma fábrica têxtil fracassada em um colosso com quase 200 empresas, de ferrovias e energia até varejo, seguros e marcas icônicas. Ele também consolidou sua reputação com grandes apostas de longo prazo em ações como Apple e American Express.

Mas o tamanho atual da Berkshire impõe limites claros. A companhia acumula US$ 381,7 bilhões em caixa, valor que gera renda, mas também reduz a rentabilidade global por não estar investido. Buffett já alertou que retornos acima de 20% ao ano ficaram no passado, e investidores aceitam que resultados na faixa de 8% a 10% podem ser o novo normal.

Abel também herda um ambiente de aquisições menos favorável: valuations elevados, impulsionados por fundos de private equity com excesso de capital, restringem oportunidades de compra a preços atrativos.

Embora a sucessão sinalize mudança, parte da essência da Berkshire continuará intacta. Buffett ainda controla quase 30% do poder de voto, o que garante sua influência, direta ou via espólio, por vários anos. Isso reduz o espaço para pressões de ativistas que queiram alterar a cultura interna ou exigir um modelo mais tradicional de governança.

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Há também incertezas sobre outros nomes históricos da empresa, como Ajit Jain, que lidera o braço de seguros, e Ted Weschler, responsável por parte das decisões de investimentos ao lado de Buffett.

Mesmo assim, especialistas acreditam que Abel terá tempo, e autonomia, suficientes para conduzir a transição. “Ele terá uma longa pista pela frente”, resume Lawrence Cunningham, estudioso da trajetória da Berkshire.

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