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Publicado 03/12/2024 • 14:35
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Kyodo via Reuters Connect
Kentaro Okuda, CEO do Nomura, o maior banco de investimentos do Japão, aceitou uma redução de 30% no próprio salário pelos próximos três meses. A medida foi anunciada após um ex-funcionário da instituição ser acusado de crimes graves, incluindo tentativa de homicídio, roubo e incêndio criminoso contra um cliente.
Outros gerentes seniores do banco também terão seus salários reduzidos como parte da resposta à crise.
Em comunicado, o Nomura afirmou que “leva esse assunto muito a sério” e anunciou mudanças em suas operações de segurança. Entre as ações, estão o fortalecimento da supervisão das visitas às residências dos clientes, a implementação de sistemas para detectar precocemente má conduta por parte dos funcionários e a reformulação do processo de recrutamento.
“Trabalharemos para melhorar e aprimorar ainda mais o processo de seleção, examinando a relação entre dados de recrutamento, desempenho e conformidade após a contratação”, declarou o banco. Além disso, no curto prazo, o banco exigirá que gerentes acompanhem funcionários durante visitas domiciliares ou em ligações feitas no horário das visitas.
O caso que motivou as mudanças envolve um ex-funcionário da área de gestão de fortunas, de 29 anos, acusado de drogar um cliente idoso e seu cônjuge em Hiroshima, roubar dinheiro e incendiar a residência do casal. Ele, que atuava na unidade de valores mobiliários do Nomura, foi demitido em agosto.
De acordo com o The Guardian, Okuda e outros três executivos da instituição pediram desculpas publicamente na terça-feira. “Gostaríamos de nos desculpar profundamente com as vítimas e com todas as pessoas envolvidas pelos grandes inconvenientes e preocupações causados. Lamentamos profundamente.”