CEO do Goldman Sachs afirma que mercado de IPOs ‘vai aquecer’ junto com fusões e aquisições
Publicado 16/01/2025 • 08:15 | Atualizado há 3 meses
Trump vai se reunir com executivos da Walmart, Target e Home Depot para discutir tarifas
China promete retaliação contra países que apoiarem os esforços dos EUA para isolá-la
Trump pode fazer mudanças radicais no Departamento de Estado dos EUA, segundo documento obtido pela CNBC
Especialistas veem riscos maiores de estagflação. Veja o que isso significa para o bolso americano
Global Payments anuncia acordo de US$ 24 bilhões para comprar a Worldpay
Publicado 16/01/2025 • 08:15 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Divulgação/Goldman Sachs
O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, prevê o fim da longa seca no mercado de ofertas públicas iniciais (IPOs).
“Vai aquecer”, afirmou Solomon na última quarta-feira (15), durante uma entrevista no palco ao lado de Chuck Robbins, CEO da Cisco, em um evento realizado pela empresa de tecnologia de redes no Vale do Silício. “Tem sido lento, praticamente desligado.”
Solomon, que viajou para a Califórnia logo após seu banco de investimentos em Wall Street apresentar resultados do quarto trimestre que superaram as estimativas dos analistas, afirmou que os mercados de capitais, de forma geral, estão mostrando sinais de recuperação.
O mercado de IPOs de tecnologia está, em grande parte, estagnado desde o final de 2021, quando as ações do setor começaram a perder popularidade devido à inflação elevada e ao aumento das taxas de juros. Fusões e aquisições (M&A) também têm enfrentado dificuldades no setor de tecnologia, principalmente por conta de regulações rigorosas que limitam o crescimento das maiores empresas por meio de negócios.
Solomon destacou que o cenário está mudando e prevê um novo impulso tanto em fusões e aquisições quanto em IPOs. “Temos um otimismo mais construtivo, o que sempre ajuda”, disse ele. E acrescentou: “De forma geral, acredito que o ambiente de negócios melhorou.”
Mais cedo, durante a chamada de resultados de sua empresa, Solomon afirmou que a eleição de Donald Trump e a volta do poder republicano em Washington já estão começando a impactar o mundo dos negócios.
Ele mencionou que “há um acúmulo significativo de projetos de patrocinadores e um apetite crescente por negociações, apoiado por um cenário regulatório mais favorável”.
As declarações de Solomon, tanto na chamada de resultados quanto no evento da Cisco, ocorreram no mesmo dia em que o índice S&P 500 registrou seu maior ganho desde novembro, impulsionado por um relatório de inflação mais moderado e pelos resultados do Goldman. As ações do Goldman Sachs subiram 6% na quarta-feira.
Embora o mercado de ações tenha tido um desempenho forte nos últimos dois anos, com o S&P 500 e o Nasdaq atingindo recordes recentemente, o mercado de IPOs ainda não retomou o mesmo ritmo. Em dezembro, a empresa de software em nuvem ServiceTitan estreou na Nasdaq, marcando o primeiro IPO significativo apoiado por capital de risco nos EUA desde a abertura de capital da Rubrik, em abril.
“Os valores caíram depois de 2021, e as empresas estão se ajustando a essas novas avaliações”, comentou Solomon no evento da Cisco.
Algumas empresas já demonstraram estar preparadas. A fabricante de chips Cerebras entrou com pedido para abrir capital em setembro, mas o processo foi atrasado devido a uma revisão do Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês).
Em novembro, a empresa de empréstimos online Klarna afirmou ter apresentado documentos confidenciais para um IPO à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Apesar de seu otimismo com o futuro, Solomon alertou que há razões estruturais que desincentivam as empresas de abrir capital. Ele mencionou que, há 25 anos, havia cerca de 13 mil empresas públicas nos EUA, enquanto hoje esse número caiu para 3.800. Os padrões de divulgação para empresas públicas são mais rigorosos, e agora há uma grande quantidade de capital privado disponível “em larga escala”.
“Não é divertido ser uma empresa pública”, admitiu Solomon. “Quem gostaria de ser uma empresa pública?”
Mais lidas
Saiba quem é o brasileiro potencial sucessor do Papa Francisco e mais 15 nomes favoritos
Papa Francisco, o primeiro pontífice das Américas, morre aos 88 anos
'Um homem do povo': líderes mundiais reagem à morte do Papa Francisco
Lula decreta luto de 7 dias no Brasil após morte do Papa Francisco: "A humanidade perde hoje uma voz de respeito"
China promete retaliação contra países que apoiarem os esforços dos EUA para isolá-la