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De e-mail frio a IPO bilionário: a aposta inesperada de Mark Cuban na Box

Publicado 19/05/2025 • 12:08 | Atualizado há 4 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Levie garante que Cuban recebeu “o mesmo pitch que todos os outros”, destacando como o armazenamento de dados online estava se tornando mais barato, a internet mais rápida e, com mais pessoas usando diversos dispositivos, havia uma oportunidade para uma empresa permitir que as pessoas armazenassem dados com segurança e “trabalhassem de qualquer lugar”.
  • Desde 2023, porém, a Box registra lucro anual. Em 2024, seu lucro líquido foi de US$ 129 milhões.
  • Apesar da curta duração da parceria, o investimento inicial de Cuban foi fundamental para impulsionar a Box. Vinte anos depois, Levie ainda se lembra com clareza da emoção de ver o nome de Cuban em sua caixa de entrada.

Empresário americano, Mark Cuban

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A Box, empresa de armazenamento em nuvem e compartilhamento de arquivos, hoje vale US$ 4,6 bilhões. Mas talvez nunca tivesse decolado há 20 anos se Mark Cuban não monitorasse seu e-mail de perto.

Em 2005, o CEO e cofundador da Box, Aaron Levie, ainda era estudante na Universidade do Sul da Califórnia, onde desenvolvia uma startup de armazenamento de dados em nuvem em seu dormitório. Como a empresa precisava de financiamento para começar, o cofundador Dylan Smith contribuiu com cerca de US$ 20 mil que havia ganhado jogando pôquer online.

No verão anterior ao seu terceiro ano de faculdade, Levie e seus três cofundadores, Smith, Sam Ghods e Jeff Queisser, receberam uma rodada inicial de US$ 80 mil de investidores-anjo para ajudá-los a incorporar a Box como empresa oficial e lançar seu produto inicial, conta Levie.

Ainda assim, os fundadores sabiam que precisariam de muito mais capital para desenvolver a plataforma e atrair clientes suficientes para transformá-la em um negócio viável. Foi então que Levie começou a enviar e-mails frios a todos os potenciais investidores que conseguia imaginar, incluindo Mark Cuban.

“Se você fosse um investidor, mesmo que remotamente, em 2005, receberia um e-mail meu”, diz Levie. Ele estima ter contatado dezenas de investidores ao redor do mundo, começando por sua cidade natal, Seattle, passando pelo Vale do Silício, até chegar a Cuban, no Texas. “Se houvesse alguma chance teórica de você investir na empresa, eu provavelmente lhe mandaria um e-mail.”

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Cuban respondeu poucas horas depois. O bilionário empreendedor e então dono do Dallas Mavericks inicialmente propôs colaborar em um projeto de hospedagem de dados para uma de suas empresas, diz Levie. “Mas, a partir daí, basicamente se expandiu.”

Cuban concordou em investir US$ 350 mil, antes mesmo de conhecer Levie e seus cofundadores pessoalmente.

“Foi incrível, porque aconteceu muito rápido”, conta Levie. O investimento de Cuban representou um “ponto de virada” para a Box e deu a Levie a confiança necessária para abandonar a faculdade e se dedicar integralmente à empresa.

Cuban mantém um endereço de e-mail público e o verifica regularmente. Em 2020, ele chegou a receber até 1.000 propostas por dia via e-mail, segundo declarou à CNBC Make It em novembro daquele ano. Ainda assim, é seletivo: estima apagar cerca de 90% dessas mensagens e leva apenas alguns segundos para decidir se está interessado.

Levie: Cuban estava ‘muito preparado para aquele arremesso’

Levie garante que Cuban recebeu “o mesmo pitch que todos os outros”, destacando como o armazenamento de dados online estava se tornando mais barato, a internet mais rápida e, com mais pessoas usando diversos dispositivos, havia uma oportunidade para uma empresa permitir que as pessoas armazenassem dados com segurança e “trabalhassem de qualquer lugar”.

Por que isso ressoou com Cuban, especificamente? Embora ele não tenha respondido ao pedido de comentário da CNBC Make It, Levie acredita que o bilionário estava “muito preparado para essa proposta”. Segundo ele, a experiência de Cuban no desenvolvimento do mercado de streaming na década de 1990 provavelmente o fez perceber a necessidade de mais opções de armazenamento em nuvem.

“Acho que nossa proposta chegou na hora certa para ele”, afirma Levie.

Ainda assim, os fundadores da Box não esperavam uma resposta tão rápida, ou sequer uma resposta. Levie admite que quase todos os e-mails enviados eram “tiros no escuro”. Mas essa era a ideia, segundo ele: “Não sei qual parte do meu cérebro não se desenvolveu direito, mas não vejo risco em mandar mensagens e pitches frios. Você só precisa tentar o máximo possível.”

Hoje, Levie oferece o mesmo conselho para jovens empreendedores: “Mande e-mails para todo mundo”, diz, argumentando que há pouco a perder. “Na maioria das vezes, eles não vão responder. Mas a boa notícia é que basta um sim, seja de um investidor, um cliente em potencial ou alguém que você queira contratar. Até hoje, adoro mandar e-mails para pessoas com quem quero trabalhar.”

De ‘super animado’ a um IPO de US$ 1,7 bilhão

Com o investimento de Cuban em mãos, os cofundadores da Box trabalharam no sótão dos pais de Smith em Mercer Island, Washington, e depois na garagem do tio de Levie em Berkeley, Califórnia. Usaram o capital para contratar engenheiros terceirizados, cobrir custos com servidores, fazer marketing online e manter uma linha telefônica 0800 para atendimento ao cliente.

“Não nos pagamos nada. Era só: ‘Vamos crescer o negócio o máximo possível’”, diz Levie.

No entanto, apenas um ano após o investimento, Cuban mudou de ideia. Ele e os cofundadores discordaram da adoção do modelo “freemium”, no qual a Box oferecia 1 GB de armazenamento gratuito para atrair usuários. Cuban não gostou da ideia, nem do fato de a empresa buscar mais capital de risco para subsidiar a aquisição de clientes, segundo Levie em entrevista de 2012 à empresa de design Zurb.

A Box levantou mais US$ 1,5 milhão em 2006, em rodada liderada pela Draper Fisher Jurvetson, de acordo com o TechCrunch. Parte desse valor foi usado para comprar a participação de Cuban.

Em 2014, a Box abriu capital com um IPO que avaliou a empresa em cerca de US$ 1,7 bilhão. Na época, Cuban escreveu no Twitter que “entraria em colapso” se estivesse à frente de uma empresa com prejuízos superiores à receita, como era o caso da Box.

Desde 2023, porém, a Box registra lucro anual. Em 2024, seu lucro líquido foi de US$ 129 milhões.

Apesar da curta duração da parceria, o investimento inicial de Cuban foi fundamental para impulsionar a Box. Vinte anos depois, Levie ainda se lembra com clareza da emoção de ver o nome de Cuban em sua caixa de entrada.

“É muito surreal quando você vê o nome de alguém que admira no seu e-mail”, diz Levie. “Foi talvez a primeira vez que senti aquela onda de: ‘Espera aí… O Mark Cuban respondeu mesmo? O nome dele está mesmo na linha do remetente?’. Ficamos super animados que isso realmente aconteceu.”

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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