Publicado 30/12/2024 • 13:03
KEY POINTS
Renowned shoe designer Jimmy Choo is pictured at the stand of luxury company Genavant during the First China International Import Expo (CIIE) and the Hongqiao International Economic and Trade Forum in Shanghai, China, 5 November 2018.Luxury company Genavant, co-founded by renowned shoe designer Jimmy Choo and his godson Reggie Hung, is showcasing a pair of 30 million yuan (S$4.35 million) heels. According to Choo, the diamond-crusted heels took almost one year to complete. Created by Choo and Hung, the shoes feature 400 to 500 pink and white diamonds graded by the Gemological Institute of America and will be displayed alongside other bejewelled shoes. Genavant's collection is said to represent Choo's ultimate goal of replacing engagement rings with shoes. No Use China. No Use France.
Da realeza britânica às estrelas de Hollywood, os sapatos de luxo de Jimmy Choo já foram usados por inúmeras celebridades em tapetes vermelhos ao redor do mundo. Agora, Choo está ajudando a próxima geração de designers de moda a seguir seus passos, com a inauguração de uma loja online que vende roupas e acessórios feitos por estudantes e graduados de seu programa de design, a JCA London Fashion Academy.
“Meu pai sempre me disse que, se você tem o conhecimento e as habilidades, se você transmite seu legado, então a geração mais jovem também pode adquirir todas as habilidades e conhecimentos”, contou ele à CNBC. Choo nasceu na Malásia, onde seu pai lhe ensinou a fazer sapatos à mão.
Choo abriu a academia em 2021, oferecendo aos alunos um bacharelado ou mestrado em empreendedorismo em design e inovação de marca — com o negócio sendo uma parte fundamental do programa. “É muito importante… ajudá-los a iniciar um negócio, a ver como vender”, disse Choo à CNBC. Os estudantes aprendem sobre marketing e relações públicas e escrevem planos de negócios com o objetivo de começar seu próprio empreendimento “micro” de moda após a formatura, segundo uma descrição no site da academia.
“Mesmo os designers de moda mais talentosos falharão se não tiverem tino para negócios”, afirmou Choo em um comunicado à imprensa.
A coleção da designer da JCA London Fashion Academy, Olivia Black, “Uma guerra com o meio ambiente”, visa destacar a “batalha” que precisa ocorrer para enfrentar questões de sustentabilidade, contou Black à CNBC. Na foto, uma modelo usa uma das peças de Black em um desfile de moda em 28 de novembro de 2024. A academia também abriu uma localização física temporária — a JCA Retail Gallery — no piso térreo do sofisticado empreendimento White City Living, no oeste de Londres, onde as coleções dos alunos foram exibidas e estavam à venda na semana passada.
“A ideia de lançar isso foi dar [aos alunos] uma plataforma para vender seu trabalho sem ter que pagar as taxas que normalmente se pagaria para [alugar uma] loja de varejo e dar-lhes essa oportunidade de falar com o público em geral”, disse Olivia Black, uma das formandas da academia e co-curadora da JCA Retail Gallery. O espaço de varejo foi cedido à academia pela empresa imobiliária Berkeley Group.
Black disse que Choo deu feedback sobre sua marca de moda homônima durante sua criação, aconselhando-a a desenvolver a ideia do símbolo da sua marca — uma águia. “Ele sempre diz, tipo, foque em algo que torne a peça realmente especial”, disse Black.
A sustentabilidade é um foco para os alunos. Muitas das roupas foram produzidas a partir de tecidos de estoque morto ou de segunda mão, enquanto algumas foram feitas para serem modulares com zíperes ou laços permitindo que mangas ou pernas de calças sejam adicionadas ou removidas para diferentes ocasiões. Choo sugeriu que os designers poderiam usar as sobras da produção de roupas de luxo para fazer peças mais acessíveis.
No ano passado, a McKinsey previu que a inteligência artificial generativa poderia adicionar entre US$ 150 bilhões (cerca de R$ 927 bilhões) e US$ 275 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) aos lucros operacionais dos setores de moda e luxo já em 2026. O que Choo acha da IA e seu efeito na indústria da moda? Ele disse que a IA é útil para exercícios dos alunos ou para traduzir cartas do chinês, mas alertou que não deve ser usada para tudo.
“Porque as pessoas podem perceber — se você usar IA, tudo vai sair igual”, ele disse. “Você pode usar [como] um guia, mas não para pegar e fazer tudo 100% . Caso contrário, você perde sua habilidade”, comentou Choo.
Choo estudou na faculdade de calçados Cordwainers em Londres no início dos anos 1980 e fez sapatos para um desfile na London Fashion Week mais tarde naquela década. A jornalista da revista Vogue, Kate Phelan, viu seus designs e ligou para ele, dizendo “Jimmy… queremos esses sapatos”, contou Choo à CNBC. A revista publicou uma matéria sobre seus sapatos em várias páginas, e Choo encontrou uma cliente em Diana, Princesa de Gales, nos anos 1990.
Choo vendeu sua participação de 50% na empresa de calçados homônima quando a empresa foi avaliada em £21 milhões (cerca de R$ 141 milhões) em 2001, e a marca agora pertence à Capri Holdings, que a comprou em um acordo de US$ 1,35 bilhão (cerca de R$ 6,75 bilhões) em 2017.
Mais lidas
BC: saída de dólares do Brasil em 2024 foi de US$ 15,918 bi, 3ª maior da série histórica
Duas das companhias aéreas mais pontuais do mundo são brasileiras; veja ranking
Dona de restaurante estrela Michelin: quem é a empresária que atropelou brasileiros em Buenos Aires
STF proíbe bets que patrocinam Corinthians e Flamengo de operarem em todo o País
Ucrânia interrompe o fluxo de gás russo para a Europa. Veja quem está mais em risco