Chefe da Opep está otimista sobre a demanda por petróleo, apesar dos cortes na produção
Publicado 13/11/2024 • 14:33 | Atualizado há 5 meses
Trump vai se reunir com executivos da Walmart, Target e Home Depot para discutir tarifas
China promete retaliação contra países que apoiarem os esforços dos EUA para isolá-la
Trump pode fazer mudanças radicais no Departamento de Estado dos EUA, segundo documento obtido pela CNBC
Especialistas veem riscos maiores de estagflação. Veja o que isso significa para o bolso americano
Global Payments anuncia acordo de US$ 24 bilhões para comprar a Worldpay
Publicado 13/11/2024 • 14:33 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Campo petrolifero
Pixabay
O chefe da Opep, cartel de países produtores de petróleo, minimizou as previsões de queda na demanda por petróleo bruto no próximo ano. Ele afirmou que há muito pessimismo no mercado.
No entanto, o próprio grupo diminuiu a produção, em uma tentativa de sustentar os preços.
O secretário-geral da Opep, Haitham Al Ghais, deu uma entrevista à CNBC durante a conferência de energia Adipec, em Abu Dhabi. Segundo ele, a demanda vai aumentar em neste ano em 1,9 milhão de barris por dia.
Porém, a entidade refez suas contas e, agora, as projeções são:
Al Ghais afirma que a previsão de uma alta de 1,9 milhão ainda é superior à média histórica, tanto no período pré-pandêmico quanto na recuperação pós-pandêmica, que foi de cerca de 1,2 milhão de barris por dia.
“Creio que há um pouco de excesso de pessimismo em relação à perspectiva de demanda por parte de alguns analistas e pesquisas, mas acreditamos que nossos números estão alinhados com muitos outros independentes”, disse ele.
Embora a previsão tenha sido ajustada, ainda está significativamente acima da estimativa da Agência Internacional de Energia (AIE) que prevê um aumento da demanda global por petróleo de cerca de 900 mil barris por dia neste ano e próximo de 1 milhão de barris por dia em 2025.
As projeções ocorrem em meio ao enfraquecimento da economia chinesa, que impactou significativamente a demanda por petróleo e à oferta global.
Diversos economistas preveem que o crescimento econômico da China permanecerá relativamente fraco em 2025, apesar das recentes medidas de estímulo implementadas por Pequim.
Os estímulos, anunciados no final de setembro, não causaram uma reação expressiva nos mercados, enquanto o crescimento desacelerado desde a pandemia de Covid-19 e a crescente adoção de veículos elétricos reduziram a demanda por petróleo na segunda maior economia do mundo.
A China é o maior importador de petróleo bruto do mundo e o segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos.
Questionado sobre as preocupações com a trajetória econômica da China, o chefe da Opep respondeu: “Temos a China crescendo a 0,6 milhão de barris por dia este ano. Acredito que os analistas que esperam crescimento de apenas 0,1 milhão de barris por dia, ou praticamente nenhum crescimento, são os verdadeiros outliers [especialistas que fazem projeções fora da curva]. Nós não somos os outliers.”
Ele disse que o grupo está “vendo alguns números muito positivos saindo da economia dos EUA” e “bons sinais na indústria petroquímica e no setor de aviação”.
As declarações de Al Ghais foram feitas um dia após os países membros da Opep+ adiarem um aumento na produção. Isso fez o preço dos contratos futuros de petróleo dos EUA subirem mais de 2%.
Mais lidas
Dólar americano cai ao menor valor em 3 anos após ameaças de Trump a presidente do Fed
Lula e Janja irão ao funeral do Papa Francisco em Roma
CNBC Daily Open: Investidores ficam cautelosos com ativos dos EUA enquanto Trump intensifica ataques a Powell
Funeral do Papa Francisco é marcado para o sábado (26)
O vice-presidente dos EUA, Vance, afirma que há “progressos” em conversas comerciais com a Índia