Aumento de 1ºC na temperatura global pode reduzir PIB global em 12%, diz pesquisa
Publicado qua, 19 fev 2025 • 10:43 AM GMT-0300 | Atualizado há 6 dias
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Publicado qua, 19 fev 2025 • 10:43 AM GMT-0300 | Atualizado há 6 dias
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Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Brasil passa nesta semana pela terceira onda de calor de 2025, com sensação térmica que pode chegar acima de 50 graus no Rio de Janeiro. Enquanto isso, a temperatura do planeta se assemelha a períodos mais quentes em 120 mil anos.
Uma pesquisa do National Bureau of Economic Research (NBER), publicada no ano passado, aponta que cada aumento de 1°C na temperatura global resulta em uma redução de 12% no PIB (Produto Interno Bruto) global. O planeta já aqueceu 1,1°C desde o século 19, antes do aumento significativo das emissões de gases de efeito estufa impulsionado pela industrialização.
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Segundo o estudo, os danos econômicos causados pelas mudanças climáticas são seis vezes maiores do que se estimava anteriormente.
Segundo o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), há mais de 50% de chance de a temperatura global ultrapassar 1,5°C até 2040, com muitos cientistas projetando um aumento de até 3°C até o fim do século.
Mesmo que os países interrompam imediatamente as emissões, as perdas econômicas anuais podem chegar a 19% (aproximadamente US$ 38 trilhões) até 2050 — quase 20 vezes o PIB do Brasil. As regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil estão entre as mais afetadas, com perdas superiores a 25%.
Um estudo, publicado em 2024 pela revista Nature, analisou fatores como produtividade do trabalho, rendimentos agrícolas e infraestrutura. Maximilian Kotz, autor principal do estudo, explicou que “fortes reduções de renda estão projetadas para a maioria das regiões, incluindo América do Norte e Europa, com o Sul da Ásia e a África sendo os mais afetados”.
O levantamento mostra que caso não aconteça uma redução significativa nas emissões, as desigualdades regionais serão ainda mais acentuadas após 2050, agravando os impactos econômicos e sociais.
O calor extremo também impacta diretamente a produtividade no trabalho, principalmente entre aqueles que trabalham ao ar livre ou em ambientes com pouca ventilação, como agricultores e trabalhadores da construção civil.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) já apontou que temperaturas acima de 24 a 26°C reduzem a produtividade, e a 33 ou 34°C, pode haver uma perda de até 50% da capacidade de trabalho em atividades moderadas.
Até 2030, a OIT estima que mais de 2% das horas de trabalho globais serão perdidas anualmente devido ao calor, o que corresponde a cerca de 80 milhões de empregos de tempo integral.
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