Estudo mostra que 10% mais ricos do mundo causaram dois terços do aquecimento global
Publicado 07/05/2025 • 12:55 | Atualizado há 18 horas
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Publicado 07/05/2025 • 12:55 | Atualizado há 18 horas
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Aquecimento global.
Unsplash.
Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por dois terços do aquecimento global desde 1990, afirmaram pesquisadores na quarta-feira (7). O modo como os ricos consomem e investem aumentou significativamente o risco de ondas de calor mortais e secas, segundo o primeiro estudo a quantificar o impacto da concentração de riqueza privada em eventos climáticos extremos.
“Nós ligamos as pegadas de carbono dos indivíduos mais ricos diretamente aos impactos climáticos no mundo real”, disse Sarah Schoengart, autora principal e cientista da ETH Zurich, à AFP. “É uma mudança da contabilidade de carbono para a responsabilidade climática.”
Comparados à média global, por exemplo, o 1% mais rico contribuiu 26 vezes mais para ondas de calor que ocorrem uma vez por século e 17 vezes mais para secas na Amazônia, segundo as descobertas publicadas na Nature Climate Change.
As emissões dos 10% mais ricos na China e nos Estados Unidos — que juntos representam quase metade da poluição global de carbono — levaram a um aumento de duas a três vezes em extremos de calor.
A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento aqueceram a superfície média da Terra em 1,3 graus Celsius, principalmente nos últimos 30 anos.
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Schoengart e colegas combinaram dados econômicos e simulações climáticas para rastrear as emissões de diferentes grupos de renda global e avaliar seu impacto em tipos específicos de clima extremo, potencializados pelo aquecimento.
Os pesquisadores também destacaram o papel das emissões embutidas em investimentos financeiros, além do estilo de vida e consumo pessoal.
“Ação climática que não aborda as responsabilidades desproporcionais dos membros mais ricos da sociedade arrisca perder uma das alavancas mais poderosas que temos para reduzir danos futuros”, disse Carl-Friedrich Schleussner, autor sênior e chefe do Grupo de Pesquisa de Impactos Climáticos Integrados no Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados perto de Viena.
Proprietários de capital, ele observou, poderiam ser responsabilizados pelos impactos climáticos por meio de impostos progressivos sobre a riqueza e investimentos intensivos em carbono.
Pesquisas anteriores mostraram que taxar emissões relacionadas a ativos é mais justo do que impostos amplos sobre carbono, que tendem a sobrecarregar aqueles com renda mais baixa.
Iniciativas recentes para aumentar impostos sobre os super-ricos e multinacionais estão em grande parte paradas, especialmente desde que Donald Trump voltou à presidência dos EUA.
No ano passado, o Brasil — como anfitrião do G20 — propôs um imposto de dois por cento sobre o patrimônio líquido de indivíduos com mais de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 4,9 bilhões) em ativos.
Embora os líderes do G20 tenham concordado em “colaborar para garantir que indivíduos com patrimônio líquido ultraelevado sejam efetivamente tributados”, não houve progresso até o momento.
Em 2021, quase 140 países concordaram em trabalhar para um imposto corporativo global para empresas multinacionais, com quase metade apoiando uma taxa mínima de 15%, mas essas negociações também estão paradas.
Quase um terço dos bilionários do mundo são dos Estados Unidos — mais do que a China, Índia e Alemanha juntos, segundo a revista Forbes.
Segundo a ONG anti-pobreza Oxfam, o 1% mais rico acumulou US$ 42 trilhões (aproximadamente R$ 205 trilhões) em nova riqueza na última década.
Ela afirma que o 1% mais rico possui mais riqueza do que os 95% mais pobres juntos.
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