Ex-CEO: ‘Demiti minha melhor vendedora porque ela não tinha essa habilidade crucial’
Publicado 12/12/2024 • 14:16 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 12/12/2024 • 14:16 | Atualizado há 4 meses
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Tomar decisões difíceis faz parte do trabalho de um líder. Foi assim que Louie Bernstein, ex-CEO, decidiu demitir sua melhor vendedora.
Em 1986, aos 34 anos, Bernstein fundou a MindIQ, uma empresa de treinamento em TI com sede em Atlanta. Alguns anos depois, ele contratou uma funcionária que rapidamente se destacou como sua principal vendedora.
“Eu entrevistei essa mulher que se apresentou muito bem. Ela parecia ter uma ótima personalidade — ou pelo menos eu achei — e acabei contratando-a. Ela começou a vender imediatamente”, escreveu Bernstein, hoje com 72 anos, em um post no LinkedIn.
Mas, ao trabalhar com ela, ele percebeu que faltava uma habilidade essencial: capacidade de receber feedback e ser treinada. E sem ela, ela se tornava uma colega insuportável.
“No fim, senti que tínhamos um ‘câncer’ e que eu era o cirurgião que precisava removê-lo para salvar a empresa”, disse Bernstein. “Pouco depois da saída dela, as vendas aumentaram, assim como o bom ambiente e a harmonia no escritório.”
A vendedora frequentemente se gabava de seu desempenho e menosprezava os colegas, o que gerava desconforto. Quando Bernstein soube desse comportamento, aconselhou-a a mudar. Ela se recusou e, devido ao seu excelente desempenho, ele acabou ignorando esse problema.
“Eu ignorei os traços tóxicos da minha melhor vendedora”, disse Bernstein. “O alerta começou a soar, mas ainda assim eu dei o benefício da dúvida.”
Quando os funcionários começaram a demonstrar insatisfação uns com os outros, Bernstein pediu que resolvessem suas diferenças por conta própria, em vez de intervir. O resultado foi um confronto explosivo, com gritos e choro, lembrou.
Esse episódio foi o empurrão que ele precisava para demitir a funcionária e aprender a importância de tomar decisões firmes como líder. “Chega um ponto em que o gestor precisa perceber que deve tomar as decisões difíceis. Não dá para terceirizá-las”, afirmou.
Após isso, Bernstein passou a fazer perguntas específicas a candidatos, como: “Como você trabalha com alguém quando encontra um problema no meio de um projeto?” e “Como lida com pessoas com quem você não concorda?”. Ele também começou a levar as respostas a sério.
Agir como se você fosse intocável ou acima de críticas construtivas é um grande alerta em qualquer ambiente de trabalho, destacou Tom Gimbel, especialista em cultura corporativa, ao CNBC Make It em abril.
Muitas pessoas, no entanto, têm dificuldade em lidar bem com feedbacks negativos. Para quem enfrenta esse desafio, Scott Mautz, especialista em liderança e resiliência, oferece algumas dicas:
Essas estratégias podem ajudar a transformar feedbacks difíceis em oportunidades de crescimento, mostrando que você é um profissional coachable — ou seja, capaz de aprender e evoluir.
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