A Porsche anunciou que, devido a novos investimentos em sua linha de modelos híbridos plug-in e a combustão, seus lucros em 2025 sofrerão um impacto considerável. A montadora informou que a adição de novos modelos e o fortalecimento das tecnologias de baterias, com investimentos em suas subsidiárias, exigirão cerca de 800 milhões de euros (aproximadamente 826 milhões de dólares).
Esses investimentos resultarão em uma redução da margem de lucro da companhia, que deve ficar entre 10% e 12%, abaixo da meta de médio prazo de 17% a 19%. Embora a Porsche ainda não tenha confirmado quais modelos híbridos ou a combustão estarão disponíveis, rumores sugerem que a empresa poderia repensar a eletrificação do Macan, um dos seus SUVs de maior sucesso, que inicialmente deveria ser completamente elétrico.
Também há especulações de que os modelos 718 Boxster e Cayman poderiam seguir um caminho semelhante, mantendo versões a gasolina, mesmo com planos anteriores de eletrificá-los na próxima geração.
Essa mudança de direção ocorre após a Porsche abandonar sua meta de que os carros elétricos representariam 80% das vendas até 2030. Com a desaceleração da demanda por veículos elétricos, especialmente no mercado de luxo, a montadora decidiu manter motores a combustão em sua linha de produtos por mais tempo, incluindo versões com motorização V8.
O Taycan, primeiro modelo totalmente elétrico da marca, teve desempenho abaixo das expectativas, com uma queda de 49% nas vendas em 2024, totalizando apenas 20.836 unidades. Parte dessa retração se deve à expectativa criada pela versão reestilizada do modelo, que foi lançada ao longo do ano. A situação foi agravada pela queda de 28% nas vendas na China, o maior mercado de veículos elétricos, contribuindo para uma redução de 3% nas vendas globais da Porsche.
Diante desse cenário, a Porsche também iniciou discussões para a saída antecipada de dois executivos importantes: Lutz Meschke, responsável pelas áreas financeira e de TI, e Detlev von Platen, encarregado de vendas e marketing.
Pioneiro no compartilhamento de música há mais de 25 anos, Napster é comprado por US$ 207 milhões
