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Indústria de calçados prevê investir 7% a mais em 2025 e crescer até 2%
Publicado 22/05/2025 • 15:08 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 22/05/2025 • 15:08 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Indústria de calçados prevê investir 7% a mais em 2025 e crescer até 2%.
Pixabay.
A produção brasileira de calçados superou pela primeira vez, em 2024, o nível pré-pandemia, com 929,5 milhões de pares, alta de 4,3% sobre 2023, se recuperando de quedas nos dois anos anteriores. A marca superou projeção feita durante o evento do ano passado (904 milhões).
Para este ano, a projeção da Abicalçados, associação que representa a indústria, é de crescimento mais moderado, entre 1,4% (942,5 milhões de pares) e 2,2% (949,9 milhões). No primeiro trimestre, a alta foi de 0,85% (212 milhões).
A produção é sustentada pelo mercado interno, segundo frisa a entidade, com cenário internacional “estável”. O investimento deve crescer 7% este ano – em 2024 esse valor atingiu R$ 1,6 bilhão, retração de 16,1% ante 2023 e alta de 22,4% na comparação com 2022.
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Em valores, a produção atingiu R$ 37,3 bilhões no ano passado (+6,1%). Para 2025, a entidade também apresenta dois cenários. No considerado pessimista, alta de 5,9%, para R$ 39,5 bilhões. No otimista, aumento de 7,8%, para R$ 40,2 bilhões. De acordo com a Abicalçados, o preço do par de calçados aumentou, em média, 1,7%, abaixo da inflação (4,83%, pelo IPCA-IBGE).
Na divisão demográfica, a região Nordeste concentra mais da metade da produção brasileira – 51,9% em 2024, ante 52,1% no ano anterior. Na sequência, vêm as regiões Sul (24,7%), Sudeste (22%), Centro-Oeste (1,3%) e Norte (0,2%).
Entre os estados, o Ceará lidera com 24,3% de participação, seguido do Rio Grande do Sul (21,8%), de Minas Gerais (16,9%), Paraíba (15,2%) e Bahia (5,9%). São Paulo concentra 4,6% da produção. Segundo a Abicalçados, os estados com as maiores altas na participação total foram Minas Gerais (1,8 ponto percentual), Ceará (1,2 p.p.), Pernambuco (0,8 p.p.), Bahia (0,7 p.p.) e Mato Grosso do Sul (0,5 p.p.). O nível de emprego cresceu 1,5% até março, com saldo de 9,1 mil postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Com isso, a indústria calçadista fechou o trimestre com 291,3 mil empregos diretos. O Rio Grande do Sul é o principal empregador, com estoque de 82,6 mil vagas. O Ceará tem 69,2 mil e a Bahia, 42,4 mil. No estado de São Paulo, são 32,8 mil.
Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações de calçados somaram 39 milhões de pares (+9,7%) e a receita atingiu US$ 349 milhões (+1,5%), em relação a igual período de 2024. A Argentina ultrapassou os Estados Unidos e foi o principal destino das vendas brasileiras: 4,65 milhões de pares (+54,1%) e US$ 77,8 milhões (+25,6%). As importações tiveram alta de 23,4%, para US$ 188,9 milhões. Em volume, foram 16,5 milhões de pares (+28,3%).
“A queda para o mercado estadunidense, em abril, pode ser explicada pela bolha de crescimento de importações registrada desde o final do ano passado, acima da dinâmica do consumo interno”, afirmou o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira. “Muitos importadores anteciparam suas compras e embarques de modo a evitar as esperadas sobretaxas aos calçados chineses, garantindo menores custos e elevando o nível dos estoques.”, concluiu.
O setor registrou superávit comercial de US$ 498,3 milhões em 2024, -31,3% em relação do ano anterior (US$ 725,1 milhões). O saldo é decrescente desde 2022. A Abicalçados afirma que o movimento se explica tanto pela queda das exportações –”relacionada à conjuntura econômica internacional” como pela “tendência crescente” das importações.
Em 2024, por exemplo, as exportações (US$ 976 milhões) caíram 16,4% e as importações (US$ 477,7 milhões) cresceram 7,9%. Os principais países de origem são Vietnã, China e Indonésia. de janeiro a abril deste ano, as importações subiram 28%.
A Abicalçados discute com o governo medidas como cotas de importação, para conter o que o setor chama de “invasão de calçados asiáticos”. A associação estima que as vendas ao exterior crescerão de 2,1% a 5,2% neste ano (em valores).
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