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SpaceX se prepara para novo voo da Starship após falhas consecutivas

Publicado 26/05/2025 • 14:58 | Atualizado há 1 dia

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) autorizou na semana passada o retorno do foguete Starship, da SpaceX, aos testes de voo.
  • A liberação ocorre após dois fracassos consecutivos da nave neste ano e prevê que o nono lançamento experimental seja realizado já na terça-feira (27), no Texas.
  • A agência determinou uma série de ajustes e ampliou significativamente a zona de exclusão aérea, que agora atinge parte do Caribe.
Starlink, subsidiária da SpaceX, empresa de tecnologia aeroespacial de Elon Musk.

Starlink, subsidiária da SpaceX, empresa de tecnologia aeroespacial de Elon Musk.

Foto: Reprodução/Unsplash.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) autorizou, na semana passada, o retorno do foguete Starship, da SpaceX, aos testes de voo. A liberação ocorre após dois fracassos consecutivos da nave neste ano e prevê que o nono lançamento experimental seja realizado já nesta terça-feira (27), no Texas.

A agência determinou uma série de ajustes e ampliou significativamente a zona de exclusão aérea, que agora atinge parte do Caribe.

A transmissão ao vivo do lançamento está prevista para começar 30 minutos antes da decolagem, nas contas da SpaceX no X (antigo Twitter). A janela de lançamento se abre às 20h30 no horário de Brasília.

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SpaceX perde contato com foguete Starship depois de lançamento

Com 122 metros de altura, o Starship é considerado o foguete mais poderoso do mundo e peça central nos planos da SpaceX de tornar o transporte espacial mais acessível e reutilizável. Mas os dois últimos testes, realizados em janeiro e março, terminaram em explosões que dispersaram destroços em regiões habitadas, especialmente nas Ilhas Turks e Caicos e nas Bahamas, o que levou à abertura de uma nova investigação regulatória.

A FAA afirmou que a SpaceX passou a atender aos requisitos técnicos e ambientais exigidos para a retomada dos voos, mas alertou que o risco envolvido permanece elevado. Como medida de precaução, a área de risco de detritos foi ampliada de 885 para aproximadamente 2.960 quilômetros, afetando também a navegação aérea em países como México, Cuba e Reino Unido, além de território americano.

Além do impacto sobre rotas aéreas, as falhas anteriores também geraram atritos diplomáticos. Em nota, a FAA informou estar em “colaboração contínua” com autoridades do Caribe, Reino Unido e América Central para monitorar o cumprimento das exigências internacionais de segurança.

A SpaceX, por sua vez, se comprometeu com novas práticas de coleta de dados e inspeções mais rigorosas.

O nono teste marcará a primeira reutilização de um propulsor Super Heavy já lançado, o mesmo que foi lançado e recuperado com sucesso no sétimo voo da Starship. Segundo a SpaceX, o objetivo agora é ampliar a coleta de dados para entender o desempenho do veículo sob novas condições de voo, com foco em ângulos de ataque mais altos e trajetórias controladas de retorno.

Volta à Lua?

Entre os destaques do voo está o primeiro teste da Starship com carga útil a bordo: oito simuladores de satélites Starlink, que não entrarão em órbita, mas ajudarão na análise estrutural do foguete. O estágio superior da nave também será usado para experimentar tecnologias de reentrada, incluindo placas metálicas de diferentes materiais e novos encaixes de fixação.

A expectativa inicial da SpaceX era realizar até 25 lançamentos da Starship em 2025. No entanto, com apenas dois testes concluídos até agora, ambos sem sucesso, a empresa tenta manter o cronograma ajustando hardware e melhorando o controle de trajetória.

Técnicos também alteraram o sistema de ignição para girar o propulsor em uma direção pré-determinada, reduzindo o uso de propelente e ampliando o controle.

Para esse lançamento, o propulsor Super Heavy não tentará retornar ao ponto de origem, mas pousará forçadamente no Golfo da América. A decisão visa evitar danos à infraestrutura da base de lançamento. Ainda assim, os dados coletados durante o voo devem ajudar a moldar as próximas versões do foguete.

A Starship é parte fundamental dos planos da NASA para levar astronautas de volta à Lua e, futuramente, a Marte. Mas, antes disso, o veículo precisa demonstrar confiabilidade em testes não tripulados. O cronograma, segundo a SpaceX, é dinâmico e pode ser alterado de última hora por fatores técnicos ou meteorológicos.

Enquanto a Starship tenta se firmar como plataforma de voo reutilizável, a SpaceX mantém seu cronograma de lançamentos com o Falcon 9. Também na terça-feira, 27, a empresa prevê enviar 24 satélites Starlink à órbita baixa da Terra a partir da Califórnia, em uma missão independente do teste da Starship.

Outros voos

O fracasso do oitavo voo, em março, representou mais um obstáculo para o cronograma da SpaceX, que planeja usar a Starship em missões lunares a partir de 2026. O voo foi interrompido antes do previsto após uma falha no sistema de controle de atitude, responsável por manter a orientação da nave durante o trajeto.

Segundo a SpaceX, o problema ocorreu cerca de 8 minutos após o lançamento, fazendo com que o foguete perdesse o controle e não concluísse sua missão de completar uma volta quase completa ao redor da Terra.

Esse não foi o primeiro teste com problemas em voo. O histórico da Starship é marcado por uma sequência de lançamentos experimentais com sucesso parcial, explosões e interrupções. O primeiro teste, realizado em abril de 2023, terminou com uma explosão poucos minutos após a decolagem.

A falha foi atribuída a um vazamento no sistema de propelente que afetou a comunicação com os motores do propulsor Super Heavy. O episódio gerou danos ambientais e forçou uma paralisação das operações por meses. Após essa explosão inicial, a SpaceX precisou cumprir mais de 60 exigências da FAA para retomar os testes, incluindo mudanças estruturais e operacionais.

Alguns voos posteriores marcaram avanços técnicos. O quarto teste, por exemplo, foi considerado o mais bem-sucedido até agora, com todas as etapas sendo concluídas e o pouso da nave realizado de forma controlada. Já o quinto voo trouxe a primeira tentativa de capturar o propulsor com os braços da torre de lançamento, estrutura apelidada de Mechazilla, que simula o futuro processo de reutilização completa dos componentes do foguete.

Entretanto, a complexidade da engenharia envolvida ainda gera falhas recorrentes. No sétimo voo, a SpaceX conseguiu recuperar o booster novamente, mas perdeu o controle da nave após 8 minutos de voo, levando a mais uma explosão em pleno ar.

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