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Alta nos ataques hackers expõe vulnerabilidades de setores críticos; Land Rover ainda sente impacto de sequestro de dados
Publicado 28/09/2025 • 18:46 | Atualizado há 58 minutos
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Publicado 28/09/2025 • 18:46 | Atualizado há 58 minutos
KEY POINTS
Pixabay.
Imagem ilustrativa.
O ataque cibernético a aeroportos europeus no último fim de semana, que paralisou sistemas e deixou milhares de passageiros sem assistência, reforçou a urgência da proteção de infraestruturas críticas. A ofensiva explorou falhas em softwares de gestão para aplicar um ransomware, estratégia que sequestra sistemas digitais em troca de resgates milionários.
Dados da empresa de cibersegurança ZenoX apontam que 2025 já é o pior ano registrado para esse tipo de crime: 5.579 vítimas globais até setembro. Em fevereiro, foi atingido um pico histórico de mais de mil ataques em um único mês. Projeções da Cybersecurity Ventures estimam que os custos globais podem chegar a US$ 276 bilhões anuais até 2031.
No Brasil, a ameaça é ainda mais evidente. Segundo o relatório Cenário Global de Ameaças, do FortiGuard Labs, o país sofreu 314,8 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2025, equivalente a 84% de todas as ofensivas registradas na América Latina e no Canadá.
Para Ana Cerqueira, CRO da ZenoX, os ataques revelam um padrão claro: atingir setores de alto impacto social e econômico.
“Eles estão mirando setores que não podem parar. No caso da aviação, atrasos comprometem segurança e economia global. O objetivo não é só dinheiro, mas também causar caos e pressionar governos e empresas”, afirmou.
Ela explica que criminosos estão expandindo sua atuação para a cadeia de suprimentos, mirando não apenas grandes empresas, mas fornecedores menores de serviços de solo, logística, software e manutenção. Fóruns clandestinos oferecem até “acessos de administrador” a redes de companhias aéreas por valores que chegam a US$ 100 mil.
Na indústria automotiva, o exemplo mais recente é da Jaguar Land Rover (JLR), que desde o início de setembro enfrenta graves impactos após um ciberataque. A montadora britânica, controlada pela indiana Tata Motors, anunciou na quinta-feira (25) a retomada parcial de alguns sistemas — como faturamento, gestão de peças e vendas —, mas suas fábricas seguem fechadas pelo menos até 1º de outubro.
Em comunicado, a empresa destacou que conseguiu reativar operações essenciais para manter fluxo de caixa e pagamentos a fornecedores. No entanto, não informou a extensão dos dados afetados, nem se clientes e parceiros foram atingidos.
O governo britânico e entidades do setor automotivo manifestaram preocupação com os efeitos sobre a cadeia de fornecedores, em um setor que emprega mais de 800 mil pessoas no Reino Unido. Meios locais indicam que o governo prepara medidas para apoiar empresas menores afetadas.
O ataque à JLR ocorreu em meio a uma onda de ofensivas contra grandes redes de varejo britânicas, como Marks & Spencer, Harrods e Co-op, reforçando o alerta sobre vulnerabilidade de indústrias estratégicas.
Segundo Cerqueira, a combinação de rápida digitalização e baixa maturidade em cibersegurança coloca o Brasil em situação crítica.
“A digitalização avançou mais rápido que as defesas. Hoje, segurança digital não é só técnica: é um pilar da continuidade dos negócios”, afirma.
A executiva defende que empresas adotem estratégias proativas, como monitoramento constante, simulações de incidentes e treinamento de equipes contra engenharia social, que já utiliza inteligência artificial e deepfakes para invadir sistemas.
Com ataques em crescimento, especialistas defendem que setores vitais como transportes, energia, saúde e finanças sejam tratados como questão de segurança nacional. Para isso, será necessário coordenar esforços entre governo, empresas e órgãos reguladores, fortalecendo a resiliência digital do país.
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