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EUA dificultam produção de chips de TSMC, SK Hynix e Samsung na China

Publicado 03/09/2025 • 08:15 | Atualizado há 4 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A mudança removerá um privilégio de exportação rápida conhecido como status de usuário final validado, a partir de 31 de dezembro, confirmou a TSMC à CNBC nesta quarta-feira.
  • Os fabricantes sul-coreanos de chips de memória SK Hynix e Samsung Electronics também estão perdendo privilégios de exportação, à medida que os EUA continuam mudando suas políticas comerciais de semicondutores com a China.
Prédio da TSMC

Peellden/Wikipedia.

Prédio da TSMC.

Os Estados Unidos revogaram uma autorização que permitia à TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Co.) exportar equipamentos e tecnologias essenciais para fabricação de chips en sua unidade em Nanjing, na China, enquanto Washington continua a intensificar esforços para limitar o avanço do setor de semicondutores em Pequim.

A mudança eliminará um privilégio de exportação acelerada conhecido como status de usuário final validado (VEU), a partir de 31 de dezembro, confirmou a TSMC à CNBC nesta quarta-feira (3).

A maior fabricante de chips por contrato do mundo havia recebido a isenção logo após o Departamento de Comércio dos EUA lançar suas restrições iniciais sobre a venda de ferramentas de fabricação de chips de origem americana em 2022.

Leia também: Maior fabricante de chips do mundo, TSMC, alerta sobre vazamentos de segredos comerciais

Sob a nova política, o envio de equipamentos de fabricação de chips com origem americana para as unidades da TSMC em Nanjing exigirá licenças de exportação dos EUA.

“Enquanto avaliamos a situação e adotamos as medidas apropriadas, incluindo comunicação com o governo dos EUA, permanecemos totalmente comprometidos em garantir a operação ininterrupta da TSMC Nanjing”, disse a empresa.

As fabricantes sul-coreanas de chips de memória SK Hynix e Samsung também tiveram seus privilégios VEU revogados na sexta-feira, de acordo com um comunicado no Federal Register. Ambas operam fábricas de chips de memória na China.

Ao mesmo tempo, o Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio afirmou em comunicado que está encerrando a “brecha do governo Biden” relacionada ao VEU para todos os fabricantes estrangeiros de semicondutores.

O órgão acrescentou que pretende conceder licenças de exportação para permitir que antigos participantes do VEU operem suas instalações existentes na China, mas não para expandir capacidade ou atualizar tecnologia no país.

Jeffrey Kessler, subsecretário de Comércio para Indústria e Segurança, afirmou que a administração Trump está “comprometida em fechar brechas de controle de exportação, particularmente aquelas que colocam empresas americanas em desvantagem competitiva. A decisão de hoje é um passo importante para cumprir esse compromisso.”

Segundo Brady Wang, diretor associado da Counterpoint Research, as mudanças na política “refletem o esforço mais amplo de Washington para controlar de forma rigorosa a exportação de equipamentos e tecnologia de semicondutores para a China, fortalecendo o poder dos EUA sobre a produção de chips no país”.

A TSMC opera duas fábricas na China, uma em Xangai e outra em Nanjing, sendo esta última mais avançada. Para abastecer suas plantas de fabricação, a empresa utiliza equipamentos de diversos fornecedores americanos de tecnologia para chips, incluindo Applied Materials e KLA Corp.

No entanto, segundo Wang, como a unidade de Nanjing contribui com menos de 3% da receita total da TSMC e representa uma parcela pequena da capacidade global da empresa, o impacto financeiro “deve ser mínimo”.

Repressão renovada?

As recentes revogações do VEU podem surpreender alguns, já que ocorrem após a administração Trump anunciar que facilitaria o controle sobre a exportação de alguns chips de inteligência artificial americanos.

No mês passado, os EUA afirmaram que Nvidia e AMD poderiam retomar a exportação de alguns de seus chips de IA feitos para a China, sinalizando que a política poderia ser ampliada.

Antes disso, a administração também havia revogado a regra de difusão de IA da era Biden, movimento que poderia ter expandido os controles de exportação sobre chips avançados de IA.

As flexibilizações em restrições de chips avançados foram apresentadas por autoridades americanas como uma forma de os EUA manterem a supremacia global da tecnologia de IA, inclusive na China.

No entanto, a remoção das isenções VEU mostra que a mesma lógica dificilmente será aplicada às tecnologias de memória e fabricação de chips.

De acordo com Ray Wang, diretor de pesquisa em semicondutores, cadeia de suprimentos e tecnologia emergente do Futurum Group, as políticas mostram que Washington continua comprometida em impedir que a China aumente sua capacidade local de produção de chips e desenvolva seu conhecimento e talento internos.

“De forma mais ampla, outro objetivo subjacente pode ser restringir a capacidade das empresas de expandir sua presença na cadeia de suprimentos na China — particularmente em setores estratégicos, como semicondutores, que a administração deseja controlar”, disse ele.

Por outro lado, a administração Trump vem tentando atrair mais da cadeia de suprimentos de semicondutores para os EUA por meio de ameaças tarifárias.

Neste ano, TSMC, SK Hynix e Samsung anunciaram novos investimentos em seus planos de produção nos Estados Unidos.

Na segunda-feira, as ações da SK Hynix e da Samsung caíram com a notícia sobre o VEU. Já as ações da TSMC se mantiveram estáveis na quarta-feira após a notícia sobre a revogação de seu VEU.

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