Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
EUA dificultam produção de chips de TSMC, SK Hynix e Samsung na China
Publicado 03/09/2025 • 08:15 | Atualizado há 4 horas
Trump pedirá à Suprema Corte dos EUA a anulação do recurso sobre tarifas
Paramount e Activision fazem parceria para filme live-action de Call of Duty
Veículos elétricos dão à Cadillac uma chance de liderança no luxo
Exclusivo CNBC: Warren Buffett diz estar “decepcionado” com divisão da Kraft Heinz; ações caem 3%
Microsoft oferece ao governo dos EUA mais de US$ 6 bilhões em economia com serviços de nuvem
Publicado 03/09/2025 • 08:15 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
Peellden/Wikipedia.
Prédio da TSMC.
Os Estados Unidos revogaram uma autorização que permitia à TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Co.) exportar equipamentos e tecnologias essenciais para fabricação de chips en sua unidade em Nanjing, na China, enquanto Washington continua a intensificar esforços para limitar o avanço do setor de semicondutores em Pequim.
A mudança eliminará um privilégio de exportação acelerada conhecido como status de usuário final validado (VEU), a partir de 31 de dezembro, confirmou a TSMC à CNBC nesta quarta-feira (3).
A maior fabricante de chips por contrato do mundo havia recebido a isenção logo após o Departamento de Comércio dos EUA lançar suas restrições iniciais sobre a venda de ferramentas de fabricação de chips de origem americana em 2022.
Leia também: Maior fabricante de chips do mundo, TSMC, alerta sobre vazamentos de segredos comerciais
Sob a nova política, o envio de equipamentos de fabricação de chips com origem americana para as unidades da TSMC em Nanjing exigirá licenças de exportação dos EUA.
“Enquanto avaliamos a situação e adotamos as medidas apropriadas, incluindo comunicação com o governo dos EUA, permanecemos totalmente comprometidos em garantir a operação ininterrupta da TSMC Nanjing”, disse a empresa.
As fabricantes sul-coreanas de chips de memória SK Hynix e Samsung também tiveram seus privilégios VEU revogados na sexta-feira, de acordo com um comunicado no Federal Register. Ambas operam fábricas de chips de memória na China.
Ao mesmo tempo, o Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio afirmou em comunicado que está encerrando a “brecha do governo Biden” relacionada ao VEU para todos os fabricantes estrangeiros de semicondutores.
O órgão acrescentou que pretende conceder licenças de exportação para permitir que antigos participantes do VEU operem suas instalações existentes na China, mas não para expandir capacidade ou atualizar tecnologia no país.
Jeffrey Kessler, subsecretário de Comércio para Indústria e Segurança, afirmou que a administração Trump está “comprometida em fechar brechas de controle de exportação, particularmente aquelas que colocam empresas americanas em desvantagem competitiva. A decisão de hoje é um passo importante para cumprir esse compromisso.”
Segundo Brady Wang, diretor associado da Counterpoint Research, as mudanças na política “refletem o esforço mais amplo de Washington para controlar de forma rigorosa a exportação de equipamentos e tecnologia de semicondutores para a China, fortalecendo o poder dos EUA sobre a produção de chips no país”.
A TSMC opera duas fábricas na China, uma em Xangai e outra em Nanjing, sendo esta última mais avançada. Para abastecer suas plantas de fabricação, a empresa utiliza equipamentos de diversos fornecedores americanos de tecnologia para chips, incluindo Applied Materials e KLA Corp.
No entanto, segundo Wang, como a unidade de Nanjing contribui com menos de 3% da receita total da TSMC e representa uma parcela pequena da capacidade global da empresa, o impacto financeiro “deve ser mínimo”.
As recentes revogações do VEU podem surpreender alguns, já que ocorrem após a administração Trump anunciar que facilitaria o controle sobre a exportação de alguns chips de inteligência artificial americanos.
No mês passado, os EUA afirmaram que Nvidia e AMD poderiam retomar a exportação de alguns de seus chips de IA feitos para a China, sinalizando que a política poderia ser ampliada.
Antes disso, a administração também havia revogado a regra de difusão de IA da era Biden, movimento que poderia ter expandido os controles de exportação sobre chips avançados de IA.
As flexibilizações em restrições de chips avançados foram apresentadas por autoridades americanas como uma forma de os EUA manterem a supremacia global da tecnologia de IA, inclusive na China.
No entanto, a remoção das isenções VEU mostra que a mesma lógica dificilmente será aplicada às tecnologias de memória e fabricação de chips.
De acordo com Ray Wang, diretor de pesquisa em semicondutores, cadeia de suprimentos e tecnologia emergente do Futurum Group, as políticas mostram que Washington continua comprometida em impedir que a China aumente sua capacidade local de produção de chips e desenvolva seu conhecimento e talento internos.
“De forma mais ampla, outro objetivo subjacente pode ser restringir a capacidade das empresas de expandir sua presença na cadeia de suprimentos na China — particularmente em setores estratégicos, como semicondutores, que a administração deseja controlar”, disse ele.
Por outro lado, a administração Trump vem tentando atrair mais da cadeia de suprimentos de semicondutores para os EUA por meio de ameaças tarifárias.
Neste ano, TSMC, SK Hynix e Samsung anunciaram novos investimentos em seus planos de produção nos Estados Unidos.
Na segunda-feira, as ações da SK Hynix e da Samsung caíram com a notícia sobre o VEU. Já as ações da TSMC se mantiveram estáveis na quarta-feira após a notícia sobre a revogação de seu VEU.
—
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
Paramount e Activision fazem parceria para filme live-action de Call of Duty
Fintech gaúcha é alvo do terceiro ciberataque ao sistema financeiro em dois meses; especialistas projetam aumento de invasões
iFood movimenta R$ 140 bi e transforma o mercado com inovação, diz CEO
Missão da indústria brasileira liderada pela CNI tenta negociar tarifas de 50% em audiência pública nesta quarta nos EUA
A combinação que ameaça implodir festivais musicais e turnês de astros internacionais