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Tesla perde espaço na Europa pelo sexto mês seguido com avanço da concorrência

Publicado 24/07/2025 • 07:41 | Atualizado há 1 dia

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A fabricante norte-americana de veículos elétricos Tesla perdeu participação de mercado na Europa pelo sexto mês consecutivo em junho.
  • Os dados, divulgados nesta quinta-feira (24), mostraram que a participação da Tesla na União Europeia, Reino Unido e Associação Europeia de Livre Comércio caiu para 2,8% em junho.
  • Ao mesmo tempo, os registros de novos veículos da Tesla caíram para 34.781 unidades em junho, uma queda de 22,9% em relação ao mesmo mês de 2024.

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

A fabricante de veículos elétricos Tesla perdeu participação de mercado na Europa pelo sexto mês consecutivo em junho, segundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), em meio a uma queda mais ampla nas vendas de carros novos na região.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (24) pela ACEA, grupo de lobby da indústria automotiva, mostraram que a participação da Tesla na União Europeia, Reino Unido e Associação Europeia de Livre Comércio caiu para 2,8% em junho, ante 3,4% no mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, os registros de novos veículos da Tesla caíram para 34.781 unidades em junho, uma queda de 22,9% em relação ao mesmo mês de 2024.

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Os números confirmam a tendência de queda regional da empresa, que continua enfrentando forte concorrência e danos à reputação devido à retórica incendiária do CEO Elon Musk e sua relação com o governo do presidente Donald Trump.

“Continuamos vendo as vendas da Tesla enfrentando dificuldades em toda a Europa. Mesmo onde as vendas voltaram a crescer, como aqui no Reino Unido, o ritmo é bem mais lento do que o do mercado geral de veículos elétricos”, afirmou Ben Nelmes, fundador da New AutoMotive, empresa de análise de dados sobre veículos elétricos, em e-mail à CNBC.

A queda nas vendas em junho não foi exclusividade da Tesla. As quatro montadoras mais vendidas da Europa também registraram menos emplacamentos no mês.

Volkswagen e Stellantis, fabricante da Jeep, relataram quedas anuais de 6,1% e 12,3%, respectivamente, enquanto Renault e Hyundai também apresentaram retração nas vendas.

Os gigantes da indústria automotiva europeia têm emitido alertas recentemente, enfrentando uma série de desafios, como a concorrência acirrada das montadoras chinesas e as tarifas de importação dos Estados Unidos, atualmente em 25%.

Segundo a ACEA, as vendas de carros em toda a Europa caíram para 1,24 milhão de unidades em junho, o que representa uma redução de 5,1% na comparação anual.

Concorrência acirrada

Dados separados divulgados na quarta-feira pela JATO Dynamics apontaram que a participação de mercado das montadoras chinesas na Europa quase dobrou no primeiro semestre do ano, alcançando um novo recorde de 5,1%.

As fabricantes chinesas BYD, Leapmotor e Xpeng foram destacadas como as principais responsáveis por esse crescimento acelerado.

“O Tesla Model Y atualizado não conseguiu, até o momento, gerar o impulso de vendas esperado para a marca”, afirmou Felipe Munoz, analista global da JATO Dynamics, em comunicado.

“Ao mesmo tempo, a concorrência da BYD e do Grupo Volkswagen está tornando mais difícil para a Tesla manter sua posição de liderança.”

As dificuldades da Tesla na Europa ocorrem pouco depois de Elon Musk ter alertado, na quarta-feira, que a empresa “pode enfrentar alguns trimestres difíceis” pela frente, devido ao aumento de tarifas e à expiração dos créditos fiscais federais para veículos elétricos nos Estados Unidos.

Segundo Ben Nelmes, da New AutoMotive, a Tesla enfrenta “ventos contrários significativos” com a perda de receita proveniente da venda de créditos regulatórios nos EUA.

“Não tenho dúvidas de que a empresa vai sobreviver — mas é cada vez mais provável que se torne uma marca de nicho em um mercado elétrico mais amplo”, avaliou Nelmes.

“A maior esperança da empresa é repetir o que fez de melhor no início: usar novas tecnologias para abalar um mercado dominado por concorrentes tradicionais e lentos — seja por meio da eletrificação, da tecnologia de veículos autônomos ou até mesmo por outra inovação totalmente diferente”, acrescentou.

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