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Casa Branca reage com indignação a paródia de Donald Trump em “South Park”

Publicado 24/07/2025 • 20:18 | Atualizado há 1 dia

AFP

KEY POINTS

  • A porta-voz Taylor Rogers criticou o episódio que mostra Trump gerado por IA nu no deserto, com referências a "pênis pequeno" e rejeição pelo Diabo, classificando a série como "irrelevante há 20 anos" e "tentativa desesperada de atenção".
  • O episódio satirizou políticas de Trump, incluindo ameaça de "bombardear o Canadá" (confundido com Iraque) e processo fictício de US$ 1,5 bi (R$ 8,1 bi) contra South Park. Uma sequência de IA mostrou Trump nu no deserto, reiterando a piada sobre seu órgão genital.
  • O episódio foi ao ar dias após os criadores fecharem contrato de US$ 1,5 bi com a Paramount. A controladora CBS enfrenta críticas por pagar US$ 16 mi para encerrar processo de Trump e cancelar o programa de Stephen Colbert – ações vistas como "cedendo à pressão" do presidente.
A versão caricata do presidente americano Donald Trump, no episódio mais recente do desenho "South Park."

A versão caricata do presidente americano Donald Trump, no episódio mais recente do desenho "South Park."

Paramount/Reprodução

Na quinta-feira (24), a Casa Branca reagiu com irritação aos criadores de “South Park”, depois que a sátira escrachada do programa zombou de Donald Trump em um episódio que mostra uma versão do presidente dos EUA gerada por inteligência artificial (IA) rastejando nu por um deserto.

No episódio de estreia da temporada, sem papas na língua, o personagem animado de Trump também aparece implorando sexo para o Diabo, mas acaba sendo rejeitado – em parte porque seu pênis seria pequeno demais.

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Reação firme da casa branca à sátira

A Casa Branca não achou graça nenhuma.

“Esse programa não é relevante há mais de 20 anos e só está se segurando por um fio, com ideias sem inspiração, numa tentativa desesperada de chamar atenção”, afirmou a porta-voz Taylor Rogers.

“O presidente Trump cumpriu mais promessas em apenas seis meses do que qualquer outro presidente na história do nosso país – e nenhum programa de quinta categoria vai atrapalhar a boa fase do presidente Trump.”

A série animada para adultos, que frequentemente aborda temas polêmicos da vida americana, está agora na sua 27ª temporada e segue como uma das produções televisivas mais valiosas do mundo.

Temas e cenas provocativas do episódio

No início da temporada, Cartman, sempre boca suja, fica indignado porque a NPR foi tirada do ar pelo presidente. Enquanto isso, Randy, um dos pais, se incomoda com a presença de Jesus numa escola pública fundamental.

As reclamações enviadas para a fictícia Casa Branca recebem apenas uma ameaça de Trump: processar a cidade de South Park em bilhões de dólares (cerca de R$ 8,1 bilhões).

Enquanto isso, o Trump animado ameaça bombardear o Canadá “igual fiz com o Iraque”.

“Achei que você só tinha bombardeado o Irã”, responde o primeiro-ministro canadense.

“Irã, Iraque, qual a diferença?”, rebate Trump.

O episódio, que mostra o Trump fictício atropelando vários aspectos da vida americana, termina depois que a cidade de South Park fecha um acordo financeiro com o presidente, incluindo a obrigação de fazer campanhas de utilidade pública.

O curta gerado por IA que vem na sequência – supostamente uma dessas campanhas – mostra um Trump acima do peso cambaleando por um deserto, enquanto um narrador o compara a um Jesus dos tempos modernos.

O vídeo termina com Trump nu, e o narrador diz: “Trump. O pênis dele é minúsculo, mas o amor por nós é gigante.”

Contexto da indústria e contrato bilionário

O episódio foi ao ar poucos dias depois que os criadores Trey Parker e Matt Stone supostamente fecharam um contrato de streaming de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 8,1 bilhões) com a Paramount, garantindo à empresa os direitos globais da produção.

O acordo veio em um momento delicado para a Paramount, que apenas nesta quinta-feira conseguiu aprovar junto ao governo a sua proposta bilionária de fusão com a empresa de entretenimento Skydance. O acordo prevê direitos de transmissão de marcas da Paramount Pictures, CBS e Nickelodeon, desde que Skydance não estabeleça nenhuma política de inclusão (DEI).

A controladora da CBS causou polêmica neste mês ao concordar em pagar US$ 16 milhões (cerca de R$ 86,4 milhões) para encerrar um processo movido por Trump, relacionado a uma entrevista do tradicional programa “60 Minutes” com Kamala Harris, exibida antes das eleições de novembro passado.

O pagamento foi criticado por democratas, que enxergaram o valor como praticamente uma propina para facilitar a fusão, embora a Paramount inicialmente tenha tratado a ação de Trump como sem fundamento.

Na semana passada, a CBS também causou revolta ao cancelar “The Late Show with Stephen Colbert”, cujo apresentador é um dos críticos mais ferrenhos do presidente.

A emissora alegou motivos financeiros para o cancelamento, mas opositores enxergam a decisão como mais um exemplo de instituições americanas cedendo à pressão de Trump.

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