Os futuros das ações nos Estados Unidos caíram na manhã desta segunda-feira (8) após o presidente Donald Trump ameaçar impor uma tarifa adicional de 10% a países que se alinhem às “políticas antiamericanas do BRICS”.
Trump também confirmou que as tarifas entrarão em vigor no dia 1º de agosto, e não em 9 de julho, como chegou a ser especulado.
O presidente não detalhou nenhuma política específica adotada pelo BRICS. O anúncio ocorre enquanto a reunião do grupo está em andamento no Rio de Janeiro, Brasil.
Os contratos futuros do índice Dow Jones recuaram 83 pontos, ou 0,2%. Já os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 caíram 0,5% e 0,6%, respectivamente.
Durante uma entrevista a jornalistas no domingo, Trump e o secretário de Comércio, Howard Lutnick, foram questionados sobre a data de início das tarifas. Lutnick respondeu: “As tarifas entram em vigor em 1º de agosto. Mas o presidente está definindo agora os percentuais e os acordos.” Trump assentiu em sinal de aprovação.
Mais cedo no mesmo dia, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou em entrevista ao programa “State of the Union”, da CNN, que as tarifas retornarão aos níveis de 2 de abril em 1º de agosto, caso não haja avanço na assinatura de um acordo com os Estados Unidos.
Os investidores esperavam que as tarifas começassem a valer já nesta semana. A trégua de 90 dias anunciada por Trump em abril, referente às tarifas “recíprocas” para a maioria dos parceiros comerciais dos EUA, termina nesta terça-feira.
Wall Street encerrou a semana anterior em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite fechando em máximas históricas na sexta-feira, em parte devido à confiança de que o governo Trump não implementará as tarifas mais severas anunciadas em abril. Nos últimos dias, a Casa Branca havia minimizado a importância dos prazos comerciais de julho, chamando-os de “não críticos”.
“Em geral, negociações comerciais levam bastante tempo; os acordos de livre comércio firmados pelos EUA levaram, em média, três anos para serem concluídos”, escreveu Rajeev Sibal, economista global sênior do Morgan Stanley, na semana passada. “Embora as negociações atuais provavelmente sejam mais restritas do que um acordo comercial completo, o histórico continua sendo relevante.”
Há preocupação entre investidores de que o mercado acionário, atualmente em níveis recordes, possa se tornar mais volátil com novas atualizações vindas da Casa Branca, especialmente se as negociações resultarem em tarifas mais altas do que o esperado.
Ainda assim, outros analistas seguem confiantes de que a alta no mercado pode continuar, apostando que as empresas conseguirão superar as expectativas modestas na próxima temporada de balanços, caso mostrem capacidade de lidar com o impacto das tarifas.
“Concordo com quem diz que ‘reorganizamos alguns fluxos econômicos por causa das tarifas’, mas isso pode ser algo positivo, porque, se der certo, será uma surpresa positiva nos lucros”, disse Tom Lee, chefe de pesquisa da Fundstrat Global Advisors, ao programa “Closing Bell”, da CNBC, na quinta-feira. Ele acrescentou: “Essa é a recuperação em V mais odiada de todas.”
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
Internacional e a
responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
