Dólar: chegou a hora de ir às compras?
Publicado 21/02/2025 • 18:17 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 21/02/2025 • 18:17 | Atualizado há 2 meses
Dólar
Valter Campanato/Agência Brasil
O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$5,73, encerrando uma sequência de sete semanas consecutivas de queda. Por muito pouco não foram oito semanas de baixa para moeda americana - a última vez que algo assim aconteceu foi em janeiro de 2012, quando o mercado apostava que a Grécia conseguiria evitar um calote desordenado e conter o impacto na Zona do Euro.
Mas e agora? O dólar continua derretendo, faz uma pausa ou volta a subir?
A verdade é que prever câmbio é praticamente impossível. Como dizem no mercado, os economistas existem para que os meteorologistas não se sintam tão mal com suas previsões. Mas se você está otimista com um real forte, cuidado: a assimetria agora parece apontar para cima. Aqui estão cinco motivos para isso:
Nada mudou. Lula assumiu com uma dívida bruta de 72% do PIB e, se nada for feito, deve entregar o governo com 84%. O pacote de cortes anunciado por Fernando Haddad foi recebido com ceticismo. Os números – R$30,6 bilhões em 2025 e R$41,3 bilhões em 2026 – parecem tímidos demais para segurar o avanço da dívida.
Pior: mesmo que tudo dê certo, a folga fiscal dura só até 2026. E depois? Mais incerteza. Se o dólar passou de R$6,00 em 2024 por causa da questão fiscal, o que impediria um novo salto em 2025?
A popularidade do governo está em queda livre. O DataFolha mostrou que a aprovação de Lula caiu de 35% para 24% em dois meses, o pior índice de seus três mandatos. Enquanto isso, a reprovação saltou de 34% para 41%, pressionada pela alta nos preços dos alimentos e pela piora da percepção econômica.
Como o governo vai reagir? Difícil imaginar que um governo de esquerda vá adotar austeridade fiscal para reconquistar confiança. O mais provável é que vejamos medidas populistas, que tendem a deteriorar ainda mais as contas públicas – e isso não costuma combinar com um câmbio estável.
Trump assumiu surpreendendo com um tom diplomático sobre tarifas comerciais. Mas até quando? Ninguém sabe quando ele pode decidir endurecer o discurso contra o Brasil.
Além disso, há um conflito aberto entre Trump e o STF brasileiro. Uma empresa de mídia ligada ao presidente dos EUA processou o ministro Alexandre de Moraes nos tribunais americanos, acusando-o de censura. A briga envolve também Elon Musk, amigo de Trump e crítico ferrenho do ministro.
Se essa tensão crescer, o mercado pode reagir. Tarifas, rixas políticas e incertezas globais podem adicionar mais volatilidade ao câmbio.
A economia dos EUA segue crescendo com força, o que significa que o Banco Central americano, o Fed, pode manter os juros altos por mais tempo. Isso favorece o dólar, já que investidores buscam ativos mais seguros e rentáveis nos EUA.
A equação é simples: juros altos nos EUA = dólar forte.
Pode parecer superstição para alguns, mas os gráficos contam histórias. Depois de oito semanas de queda, o dólar está tecnicamente "esticado". O Índice de Força Relativa (IFR) já indica sinais de exaustão do movimento de baixa. Isso significa que, estatisticamente, uma correção para cima pode estar próxima.
Para fechar, uma pequena ironia: no começo do ano, quando o dólar estava em alta, Fernando Haddad disse que "não compraria dólar acima de R$5,70". Desde então, o dólar caiu, e agora estamos praticamente nesse patamar.
No final das contas, o objetivo aqui não é cravar um ponto de compra, mas chamar atenção para a assimetria do momento. O dólar sempre se valoriza contra o real no longo prazo. É a moeda global. É reserva de valor. É a última alternativa quando as coisas desandam.
Depois de fechar em alta pela primeira vez em sete semanas, pode ser a hora de reavaliar essa tendência.
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