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Publicado 18/11/2024 • 11:28 | Atualizado há 6 dias
KEY POINTS
O dólar registrou alta no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 18, após uma queda inicial devido à realização de lucros em meio ao aumento das commodities. O mercado cambial ajustou-se ao crescimento dos juros futuros, após a piora nas expectativas de inflação no boletim Focus.
A valorização dos rendimentos dos Treasuries intermediários e longos, além do dólar frente a moedas emergentes e pares rivais no exterior, também influenciou. Investidores internacionais consideram sinais do Federal Reserve (Fed) para um possível ritmo menor de flexibilização monetária nos EUA.
Os investidores aguardam a palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao meio-dia, e, principalmente, o anúncio de cortes de gastos pelo governo, previsto para ocorrer após a reunião de líderes do G20 no Rio.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote “está fechado” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o anúncio ocorrerá “brevemente”. Segundo ele, ajustes ainda precisam ser feitos no Ministério da Defesa.
O Ministério da Fazenda teria apresentado ao Congresso um pacote de corte de gastos de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, com R$ 30 bilhões previstos para 2025 e o restante em 2026.
No relatório Focus, a mediana para a inflação suavizada dos próximos 12 meses subiu de 4,09% para 4,14%. O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses.
A mediana para o IPCA de 2024 subiu pela sétima semana consecutiva, de 4,62% para 4,64%, acima do teto da meta de 4,50%. A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,10% para 4,12%, mais próxima do teto de 4,50% do que do centro da meta de 3%.
A mediana para a inflação de 2026 aumentou de 3,65% para 3,70%, distanciando-se do centro da meta pela terceira semana consecutiva. A mediana para a Selic no final de 2025 subiu de 11,50% para 12%.
Agora, está acima da estimativa intermediária para o final de 2024, que se manteve em 11,75% pela sétima semana consecutiva. A mediana do relatório Focus para o déficit em conta corrente do Brasil em 2024 passou de US$ 45,92 bilhões para US$ 46,47 bilhões.
A estimativa intermediária para o déficit de 2025 passou de US$ 47 bilhões para US$ 48 bilhões. Os números indicam que os déficits em transações correntes continuarão sendo financiados pelo Investimento Direto no País (IDP).
A mediana para o IDP de 2024 passou de US$ 72 bilhões para US$ 71,50 bilhões, e para 2025, oscilou de US$ 74 bilhões para US$ 73,56 bilhões.
O Itaú Unibanco elevou sua projeção para a taxa Selic, em meio à expectativa de um dólar mais elevado, atividade doméstica forte e avanço nas previsões de inflação.
O banco agora vê o juro básico indo até 13,50% no decorrer de 2025, permanecendo neste nível até o final do ano que vem. A estimativa anterior era de que a Selic ficasse em 12% ao ano.
A instituição elevou também sua estimativa cambial para R$ 5,70 em 2024 e 2025. Antes, as estimativas eram de R$ 5,40 (2024) e R$ 5,20 (2025), a despeito do aumento do diferencial de juros.
O Itaú reduziu também expectativas para ciclo de cortes do Federal Reserve de 200 pontos-base para 150 pontos-base. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,15% na segunda quadrissemana de novembro, após alta de 0,32% na primeira semana.
As informações foram divulgadas há pouco pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 4,28% em 12 meses.
Nos EUA, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicar que “parece inteligente” seguir com corte de juros mais lentamente, se os dados permitirem, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou na sexta-feira (22) que não vê urgência em cortar juros, mas quer “preservar a economia saudável”.
O dirigente do Fed de Richmond, Tom Barkin, disse que espera que a inflação continue a desacelerar em 2025 e sugeriu que o Fed poderia diminuir o ritmo dos cortes nas taxas.
Às 9h44, o dólar à vista subia 0,03%, a R$ 5,7901. O dólar para dezembro ganhava 0,15%, a R$ 5,7980.
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