Dólar vai R$ 6,26; BC fará leilão bilionário na 5ª-feira para tentar conter alta
Publicado qua, 18 dez 2024 • 5:47 PM GMT-0300 | Atualizado há 57 dias
Musk vai retirar oferta se OpenAI continuar sem fins lucrativos, dizem advogados
Com Trump apostando na criptografia, touros do bitcoin acreditam que trilhões nos balanços corporativos serão os próximos
67% dos americanos endividados com cartão cometem esse ‘grande erro’, diz especialista
AppLovin dispara 33% após queda dos lucros; veja detalhes
Apesar de tarifas de Trump, Coreia do Sul ainda é porto seguro para GM e Hyundai
Publicado qua, 18 dez 2024 • 5:47 PM GMT-0300 | Atualizado há 57 dias
KEY POINTS
Pexels
Nesta quarta-feira (18), o dólar fechou cotado a R$ 6,26, registrando o maior valor nominal da história e a maior valorização diária em mais de dois anos. A moeda norte-americana subiu 2,78%, refletindo tensões no mercado internacional e incertezas no cenário fiscal brasileiro.
Em resposta, o Banco Central anunciou um leilão de venda à vista de até US$ 3 bilhões nesta quinta-feira (19).
Cada negociador de câmbio poderá enviar até três propostas com o volume pretendido e o diferencial, com até seis casas decimais, a ser adicionado ou diminuído da taxa de venda Ptax do fechamento do dia. O resultado será divulgado por meio de comunicado.
A valorização foi impulsionada pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de adotar um ritmo mais lento de cortes nos juros em 2025, o que fortaleceu o dólar globalmente. No cenário doméstico, preocupações com o equilíbrio fiscal e expectativas sobre novas medidas econômicas pressionaram ainda mais a moeda.
O impacto também foi sentido na Bolsa de Valores, que operou em queda, e nos juros futuros, que tiveram alta significativa. Apesar do movimento expressivo, o Banco Central ainda não anunciou intervenções no mercado de câmbio.
O recorde acontece em um momento de grande volatilidade nos mercados, aumentando a atenção sobre os próximos passos do governo e do Banco Central.
O dólar registrou forte alta nesta quarta-feira (18), impulsionado pela decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir os juros em 25 pontos base e pelos comentários do presidente da instituição, Jerome Powell.
Apesar do corte, as projeções indicam uma desaceleração no ritmo de reduções para o próximo ano, com ajustes na expectativa de inflação e um nível mais elevado da taxa dos Fed funds até o fim de 2025.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante pares fortes, subiu 1%, fechando a 108,027 pontos, enquanto a moeda americana avançava a 154,59 ienes, e o euro e a libra recuavam para US$ 1,0368 e US$ 1,2583, respectivamente.
Em coletiva, Powell destacou que os juros estão próximos do nível neutro, reforçando a necessidade de mais progresso no controle da inflação antes de novos cortes.
A Capital Economics revisou suas expectativas para apenas dois cortes de 25 pontos base em 2025, em março e junho, reduzindo a flexibilização esperada. Enquanto isso, na Argentina, o dólar paralelo “blue” continuou em alta, chegando a 1205 pesos, refletindo tanto o corte recente de juros pelo Banco Central local quanto a saída sazonal de divisas devido às férias de fim de ano.
O Ibovespa B3 registrou queda de 3,15% nesta quarta-feira, encerrando aos 120.771,88 pontos, na maior perda percentual diária desde novembro de 2022.
A desvalorização foi impulsionada pela decisão do Federal Reserve de cortar juros em 25 pontos-base e indicar um ritmo mais lento de cortes futuros, além de piorar projeções de inflação.
No mercado doméstico, a preocupação com o cenário fiscal, mesmo após a aprovação do pacote de contenção de gastos pela Câmara dos Deputados, manteve o índice pressionado. O giro financeiro do dia chegou a R$ 83 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Entre as ações mais impactadas, destacaram-se quedas de Automob (-30%), CVC (-17,11%) e Azul (-11,58%), refletindo também a valorização do dólar, que encerrou em alta de 2,78%, cotado a R$ 6,2657.
Blue chips como Vale ON (-2,32%) e Petrobras PN (-2,58%) também recuaram. Apenas três papéis da carteira do Ibovespa fecharam em alta: Marfrig (+1,81%), MRV (+1,54%) e Santos Brasil (+0,54%).
Analistas destacam que, enquanto o Fed adota uma postura mais cautelosa em relação à inflação, os mercados brasileiros permanecem nervosos com a deterioração fiscal, sem sinais de alívio no curto prazo.
Mais lidas
Honda e Nissan encerram negociações de fusão
Shein quer que 85% de suas vendas no Brasil sejam de produtos ou de fornecedores locais
PIX: usuários relatam instabilidade em aplicativos de diversos bancos
Musk vai retirar oferta se OpenAI continuar sem fins lucrativos, dizem advogados
Após derrota para o Corinthians, Neymar critica bola oficial do paulistão: 'muito ruim'