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Investimentos

Venda global de títulos se espalha para o Japão; ouro atinge recorde histórico

Publicado 03/09/2025 • 11:20 | Atualizado há 2 dias

AFP

KEY POINTS

  • Rendimentos dos títulos japoneses de 30 anos atingem recorde histórico de 3,29%, refletindo preocupação com alta dívida pública.
  • Investidores buscam refúgios seguros, elevando o ouro a novo recorde de US$ 3.546,96 por onça diante de incertezas globais.
  • Vendas de dívida se estendem a EUA e Europa, com gilts britânicos próximos de máximas não vistas desde 1998 e títulos de 30 anos dos EUA em 5%.
Homem caminha na frente do painel eletrônico que mostra o índice Nikkei, da Bolsa de Valores de Tóquio, no Japão

Homem caminha na frente do painel eletrônico que mostra o índice Nikkei, da Bolsa de Valores de Tóquio, no Japão

Kazuhiro Nogi/AFP

Uma venda global de títulos se estendeu na quarta-feira, levando os rendimentos no Japão a níveis recordes, enquanto o ouro atingiu um novo pico, à medida que investidores se preocupam com o aumento da dívida pública.

As ações europeias se firmaram, enquanto os principais mercados acionários da Ásia ficaram no vermelho.

“Os rendimentos dos títulos governamentais dispararam nos últimos dias, principalmente porque os investidores exigem um retorno maior para emprestar a países com necessidades de endividamento elevadas”, disse Richard Carter, chefe de pesquisa de renda fixa da Quilter Cheviot.

Os rendimentos dos títulos do governo japonês de 30 anos subiram para um recorde histórico de 3,29% na quarta-feira, enquanto os de 20 anos atingiram o nível mais alto desde 1999.

A venda de dívida japonesa reflete movimentos semelhantes nos Estados Unidos e na Europa, com investidores assustados diante de grandes volumes de dívida pública globalmente.

Ela tem sido impulsionada pelo “crescimento da dívida soberana, obstáculos políticos ao aperto fiscal… e inflação estruturalmente mais alta após as interrupções da Covid e a guerra comercial em curso”, disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank.

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Os investidores no Japão também reagiram a preocupações de que o primeiro-ministro Shigeru Ishiba possa ser forçado a renunciar em breve.

Ishiba, 68, assumiu o comando do tradicionalmente dominante Partido Liberal Democrático no ano passado e, desde então, perdeu a maioria em ambas as casas do parlamento, mais recentemente nas eleições da câmara alta em julho.

Nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos do governo de 30 anos ficou em torno de 5%, refletindo preocupações com o déficit do país e as políticas fiscais do presidente Donald Trump.

A venda no Reino Unido continuou, embora em ritmo mais lento, depois que os rendimentos dos gilts de 30 anos na terça-feira atingiram níveis não vistos desde 1998.

Os títulos franceses e alemães, por sua vez, mostraram sinais de estabilização. Os investidores se voltaram para os tradicionais refúgios seguros, levando o ouro a um novo recorde de US$ 3.546,96 por onça na quarta-feira.

Os preços subiram 5% nos últimos seis dias, com investidores nervosos sobre o futuro do Federal Reserve dos EUA após Trump tentar demitir a governadora do Fed, Lisa Cook.

Ela é acusada de declarar duas residências principais em documentos hipotecários em 2021 — uma prática que tende a resultar em melhores condições de empréstimo para uma única propriedade.

Cook não foi acusada de nenhum crime, e os supostos incidentes ocorreram antes de ela assumir o cargo de governadora do Fed em 2022.

A intervenção de Trump “levanta questões sobre a independência de longo prazo da política monetária dos EUA — uma preocupação que o ouro naturalmente absorve como proteção contra interferência política”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.

Os preços do petróleo recuaram diante de expectativas de excesso de oferta nos próximos meses.

Em notícias corporativas, as ações da Alphabet, controladora do Google, dispararam no after-hours na terça-feira após um juiz dos EUA rejeitar a tentativa do governo de forçar a empresa a vender o navegador Chrome.

Principais indicadores por volta das 11h00 GMT

  • Londres – FTSE 100: ALTA de 0,5% a 9.162,59 pontos
  • Paris – CAC 40: ALTA de 0,9% a 7.723,75
  • Frankfurt – DAX: ALTA de 0,7% a 23.659,63
  • Tóquio – Nikkei 225: BAIXA de 0,9% a 41.938,89 (fechamento)
  • Hong Kong – Hang Seng Index: BAIXA de 0,6% a 25.343,43 (fechamento)
  • Xangai – Composite: BAIXA de 1,2% a 3.813,56 (fechamento)
  • Nova York – Dow: BAIXA de 0,6% a 45.295,81 (fechamento)
  • Euro/dólar: ALTA a 1,1645 ante US$ 1,1640 na terça-feira
  • Libra/dólar: ALTA a 1,3404 ante US$ 1,3394
  • Dólar/iene: ALTA a 148,69 ante 148,37 ienes
  • Euro/libra: BAIXA a 86,87 pence ante 86,92 pence
  • Petróleo Brent do Mar do Norte: BAIXA de 2,0% a US$ 67,75 por barril
  • West Texas Intermediate: BAIXA de 2,3% a US$ 64,07 por barril

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