Paris Hilton pode ser mais conhecida como um ícone da cultura pop, mas ela tem grandes planos para consolidar seu nome no mundo dos negócios e no futuro do entretenimento.
Entre seus muitos títulos — incluindo o de estrela do reality show The Simple Life e o de DJ feminina mais bem paga do mundo — Hilton é fundadora e CEO da 11:11 Media, uma empresa global de entretenimento de nova geração que atua em áreas como música, televisão, livros e produtos de consumo.
“Quero construir a próxima Disney”, disse Hilton, de 44 anos, à jornalista Julia Boorstin, da CNBC, durante o 2025 Changemakers Summit, em Los Angeles. “A forma como Bob Iger enxerga a Disney é como eu vejo a 11:11 Media: uma junção entre comércio e comunidade, construindo todo um ecossistema que envolve desde TV, vídeo e áudio até produtos e metaverso.”
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Entre os projetos mais recentes de Hilton estão uma linha de cuidados com a pele, um programa de culinária na Netflix, o retorno de The Simple Life ao lado de Nicole Richie no Peacock, um podcast de true crime que será lançado em breve, um novo desenho animado infantil e participações contínuas em comerciais da Sonic e da Crocs.
“Eu só faço coisas que amo e pelas quais sou apaixonada”, afirmou Hilton. “Não quero ser colocada em uma caixinha.”
Ela contou que ser uma “nerd disfarçada” a motivou a estar na vanguarda da tecnologia — incluindo sua incursão no metaverso e, em 2021, a realização do evento “Paris World” na plataforma Roblox. Além disso, disse que seu TDAH é um “superpoder” que a ajuda a perseguir seus diversos interesses.
Sua motivação para o sucesso
Hilton atribui à família a ética de trabalho que carrega, a mesma que levou seu bisavô, Conrad Hilton, a fundar os hotéis Hilton, e seu avô, Barron, a expandir o império com sucesso.
“Negócios são algo que realmente estão no meu sangue”, afirmou. “Sempre quis construir algo por conta própria. Não queria ser conhecida como a neta dos hotéis Hilton. Queria ser conhecida como Paris.”
Hilton também falou sobre como os abusos que teria sofrido em um internato em Utah, quando adolescente, a impulsionaram em busca do sucesso.
“Transformar minha dor em propósito tem sido a experiência mais curadora da minha vida.”
Paris Hilton
Ela disse que seus pais a enviaram para uma instituição de tratamento para jovens após perceberem a queda em suas notas escolares e se preocuparem com seu comportamento.
“Quando estava lá, prometi a mim mesma: ‘Vou trabalhar muito e me tornar tão bem-sucedida que ninguém jamais poderá me controlar ou me dizer o que fazer’”, contou Hilton no evento da CNBC. “Isso me deu força. Sempre achei que o sucesso me faria feliz e que eu nunca mais precisaria depender de ninguém além de mim mesma.”
Ativismo em destaque
Nos últimos anos, Hilton tem usado sua visibilidade para defender, apoiar e proteger crianças afetadas pelo sistema de bem-estar infantil, justiça juvenil, educação e saúde dos Estados Unidos. No ano passado, ela compareceu ao Congresso norte-americano, ajudou na aprovação do projeto bipartidário Stop Institutional Child Abuse Act e teve papel fundamental na sanção de dez leis estaduais que reformam instituições de tratamento residencial.
“Foi muito assustador”, disse Hilton sobre ter tornado pública sua experiência e denunciado os abusos nessas instituições. “O mundo inteiro me conhecia por The Simple Life e pela personagem que criei — que, aliás, também foi uma resposta traumática ao que vivi.”
Ela contou que foi incentivada a falar abertamente por Alexandra Dean, diretora do documentário This is Paris, lançado em 2020.
“Isso me fez perceber que eu poderia usar minha voz para ajudar a fazer a diferença na vida de muitas crianças”, afirmou. “Transformar minha dor em propósito tem sido a experiência mais curadora da minha vida.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
